Aumento do aluguel gera explosão de vendas do Minha Casa, Minha Vida na Grande Goiânia

Estudo apontou crescimento de 424% na procura por imóveis do Minha Casa, Minha Vida

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Residencial Max Cidade, em Aparecida de Goiânia, teve 70% dos apartamentos comercializados dentro do MCMV (Foto: Divulgação)

As vendas pelo Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) na Grande Goiânia estão em franco crescimento. Só no segundo trimestre de 2024, o aumento foi de 424%, de acordo com um estudo de mercado da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).

Com isso, o Portal 6 conversou com Carolina Lacerda, gerente de Desenvolvimento Imobiliário da construtora Vega Incorporações, para entender o que pode ter motivado essa disparada.

Segundo ela, o crescimento é atribuído ao aumento do teto financiável de R$ 350 mil e outros fatores. “A alteração da taxa de juros e aumento das faixas de renda de oito salários mínimos ampliou bastante o interesse também”, considerou.

Contudo, ela destacou os altos valores atuais dos aluguéis como o principal fator que beneficia a venda de imóveis. “Voltou a ser mais interessante adquirir um imóvel do que alugar, na região metropolitana”, definiu.

Isso porque as taxas de financiamento habitacional giram em torno de 7% ao ano. Assim, pelo fato das prestações serem razoavelmente fixas, as parcelas tem sido mais “agradáveis” ao bolso do consumidor.

A gerente citou uma situação recente que vivenciou em que o preço da parcela de uma unidade ficou 25% mais barato que o de aluguel de uma unidade similar. “O cliente podia optar por R$ 1.600 de aluguel ou por R$ 1.200 de parcela”, argumentou.

Nesse perfil, Carolina destaca um empreendimento em Aparecida de Goiânia, no qual 70% dos apartamentos comercializados foram dentro do MCMV, com valor médio de R$ 258 mil por unidade. Os clientes têm renda familiar entre R$ 4,4 mil e R$ 7 mil.

Quem compra

Contribuindo com o aumento das vendas, Carolina afirmou que a procura tem sido ligeiramente maior pelo público feminino do que o masculino. “Mas eles convergem no interesse de comprar para morar, destacando os recém-casados e os que planejam se casar, que podem comprar um imóvel na planta”, explicou.

A gerente ainda revela uma peculiaridade percebida entre Goiânia e Aparecida. “Enquanto na capital há uma procura por imóveis novos e usados, Aparecida de Goiânia prevalece os novos”, afirmou.

Interesse que influencia na oferta de imóveis. No segundo trimestre deste ano foram 1.080 unidades lançadas, contra 64 no mesmo período de 2023, um crescimento de 1.587%.

Da mesma forma, no final do primeiro semestre deste ano, havia oferta de 1.094 imóveis, enquanto, no ano passado, eram 855 no período.

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