Motoristas de aplicativo investem em novo modelo e conseguem lucrar 5 vezes mais em Goiânia

Ao Portal 6, líder da categoria na capital revela tendência de substituição entre prestadores de serviço no município

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
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Motoristas no trânsito de Goiânia. (Foto: Reprodução)

Em meio a ‘era’ dos eletrificados, com patinetes, motos e ciclomotores marcando presença no ‘vai e vem’ das ruas de Goiânia, os carros elétricos são mais uma das tendências aderidas pelos condutores da capital. Uma categoria que tem apostado no novo modelo é a de motoristas de aplicativo.

A classe que respira a cidade – seja de dia, noite e até nas madrugadas – enxerga no modelo a chance de lucrar mais e, de quebra, fugir das variações no preço dos combustível.

A migração tem impacto direto nos bolsos. Abastecer um carro no posto de combustível – onde o litro do etanol está a R$ 3,87  e rodar 270 km – que dá mais de um tanque de combustível, o preço final, em média, é de R$ 226.

Usando como referência o Nissan Leaf, automóvel que foi um dos primeiros carros elétricos vendidos regularmente no Brasil, o automóvel possui uma capacidade de bateria de 40 kWh e autonomia total de 270 km por carga completa. Para rodar o máximo permitido, considerando a tarifa de energia elétrica residencial da cidade, de R$ 1,01 por kWh com bandeira vermelha patamar 2 o valor seria de R$ 40,04 – diferença de R$ 185,96 ou quase 6 vezes mais.

Em entrevista ao Portal 6, o líder comunitário da região Sudoeste de Goiânia dos motoristas de aplicativo, Miguel Veloso, explica que o chamariz para a substituição parte, principalmente, do custo-benefício, uma vez que um tanque cheio de um automóvel movido a combustível fica muito mais caro e chega a percorrer menos que um veículo elétrico.

“É uma troca bem positiva. O carro elétrico tem uma carga que chega a fazer quase triplo do tanque. Com o tanque cheio a gente chega a fazer 230 km, com o carro elétrico a economia é muito maior. […] Com a bateria cheia, ele [elétrico] chega a fazer 400 km, até 450 ou 500 km”, afirmou.

A comodidade e a busca por melhor qualidade de vida são mais um dos atrativos. Segundo Miguel, os carros são uma espécie de escritório dos motoristas que, por vezes, chegam a fazer de 08 até 12 horas por dia.

Mas a adesão não é algo provisório e, de acordo com ele, demonstra um crescimento entre os prestadores de serviço da área. Para o líder, a tendência é que cada vez mais condutores da capital façam a substituição.

“Tem sido uma tendência e vai aumentar ainda mais à medida que os profissionais forem tendo condições. Nos grupos [de WhatsApp] há vários relatos de motoristas de aplicativo que já fizeram a troca e vários outros que estão vendo. […] O aplicativo cobra de 35 a 40 % do valor recebido pelo motorista, a diferença do carro convencional para o elétrico é grande em ganhos, porque mesmo a plataforma cobrando, a economia faz com que os ganhos fiquem ainda melhores”, explica.

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