Companhia perde recurso e terá que aumentar indenização para passageira que perdeu concurso público por atraso no voo

Juíza destacou que os transtornos enfrentados extrapolam o mero aborrecimento

Davi Galvão Davi Galvão -
Companhia perde recurso e terá que aumentar indenização para passageira que perdeu concurso público por atraso no voo
Aeroporto de Goiânia. (Foto:CCR Aeroportos)

A 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Goiás decidiu aumentar de R$ 5 mil para R$ 12 mil o valor da indenização por danos morais a ser pago pela TAM Linhas Aéreas S/A a uma consumidora.

A decisão, divulgada pelo site Rota Jurídica, foi tomada em razão do atraso de um voo que impediu a consumidora de participar de um concurso público em Manaus (AM).

O caso teve início quando a passageira embarcou em Goiânia com destino a capital amazonense, onde faria a prova para Técnico Judiciário do TRT da 11ª Região. Contudo, a conexão em São Paulo atrasou, forçando a companhia a realocá-la para um voo no dia seguinte, inviabilizando a chegada no horário do exame.

De acordo com a advogada da consumidora, além da perda da prova, a passageira não recebeu assistência material, como alimentação e hospedagem, durante o período de espera no aeroporto.

A TAM contestou o aumento da indenização, argumentando que a passageira não apresentou provas suficientes para sustentar o pedido de danos morais e que o valor inicial atendia aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. A empresa defendeu, inclusive, que o valor deveria ser reduzido.

No entanto, a relatora destacou que os transtornos enfrentados extrapolam o mero aborrecimento, uma vez que o atraso, a perda da conexão e a longa espera sem suporte da companhia configuram situações graves, justificando o aumento da indenização.

Além disso, a juíza enfatizou que a TAM não ofereceu alternativas viáveis para que a passageira chegasse a tempo do concurso.

A magistrada também criticou a falta de assistência material por parte da companhia aérea, como alimentação e hospedagem, que é obrigatória mesmo em casos de força maior.

A passageira foi mantida no aeroporto durante a madrugada, sem suporte, até ser realocada para um voo de retorno a Goiânia, já que não havia mais possibilidade de participar do exame em Manaus.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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