Empresário é preso em Goiás após denúncias de agressões contra a mãe e trabalho análogo à escravidão
Suspeito também deve ser investigado por lesão corporal, injúria, maus-tratos, sequestro e cárcere privado
Um homem, de 52 anos, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (25), suspeito de agredir a própria mãe e manter uma jovem, de 18 anos, em condições análogas à escravidão, em uma propriedade rural de Sítio D’Abadia, Leste Goiano.
Jair Gomes de Paiva Junior, que é empresário e se identifica como executivo da Johnson & Johnson do Brasil, foi detido após denúncias da própria jovem, que foi à procura da polícia após ter fugido da fazendo do suspeito.
Aos policiais, ela disse que teria sido procurada para realizar serviços domésticos e para atuar como cuidadora dos pais do homem, em julho. No entanto, nunca haveria recebido o valor combinado.
A vítima disse ainda que chegava a ficar trancada na casa da propriedade com os idosos, sem folgas e que chegava a ter o uso do celular limitado pelo suspeito. Segundo ela, o motivo da fuga e procura da polícia foi por conta de agressões e xingamentos.
A jovem também denunciou que o suspeito agredia a própria mãe, de 77 anos, a ponto de deixar lesões na pela da idosa.
Diligência
Com as denúncias, os militares se deslocaram até a propriedade e, em conversa reservada com a mãe supostamente agredida, esta teria implorado por socorro.
Aos policias, ela confirmou as agressões exibindo hematoma no braço esquerdo. “Eu quero que o estatuto do idoso me leve pra casa”, disse, negando que o próprio filho teria agredido o pai.
Esta, inclusive, não seria a primeira denúncia de agressão. Em outubro, policiais foram à propriedade para averiguar reclamação do tipo, que foi negada à época.
Prisão
A polícia ainda ouviu as declarações do homem no local, tentando justificar as situações que levaram a fuga e denúncia por parte da jovem, mas, mesmo assim, ele foi conduzido para a Delegacia de Posse e teve a prisão confirmada.
Ele foi autuado por lesão corporal, injúria, maus-tratos, trabalho análogo à escravidão, sequestro e cárcere privado, sem direito à fiança. Ainda não há data para a audiência de custódia, informou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).
O Portal 6 pediu uma nota à Johnson & Johnson do Brasil sobre o caso. Via telefone, a assessoria da marca disse que levantaria a ligação do homem preso com a empresa, mas não respondeu a informação até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.