Saiba como pesquisa da UFG pretende acelerar descobertas no tratamento de diabetes usando IA

Projeto busca reduzir pela metade o tempo de desenvolvimento de novos fármacos

Natália Sezil Natália Sezil -
Saiba como pesquisa da UFG pretende acelerar descobertas no tratamento de diabetes usando IA
Faculdade de Farmácia é um dos institutos que desenvolvem a pesquisa. (Foto: Divulgação)

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) busca utilizar a Inteligência Artificial (IA) para acelerar a descoberta de novos fármacos para o tratamento da diabetes tipo 2, procurando opções promissoras em um banco de dados com mais de um milhão de moléculas.

O projeto é uma parceria entre o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e a Faculdade de Farmácia (FF), desenvolvida no Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Molecular (LabMol).

A expectativa dos professores coordenadores, Guilhermino Pereira Nunes (ICB) e Carolina Horta Andrade (FF), é que o projeto reduza pela metade o tempo de desenvolvimento de um novo medicamento, que hoje pode levar cerca de 15 anos.

Além disso, espera-se que o uso de IA no processo reduza custos, diminua o teste em animais e aumente a precisão na escolha de moléculas que têm potencial para serem usadas no tratamento, que devem se tornar mais eficazes e seguros.

Como funciona?

Para identificar potenciais medicamentos, o projeto emprega a IA para analisar moléculas em nível atômico, prevendo quais podem ser mais eficazes dentre um extenso banco de dados com mais de um milhão de opções.

As probabilidades são calculadas a partir das propriedades de cada uma e das interações entre elas. O grande número de moléculas é filtrado à medida que são identificadas as características, selecionando as melhores opções a serem estudadas.

Ao Jornal UFG, Guilhermino explicou que “assim como no organismo humano, os medicamentos precisam interagir de maneira específica com proteínas para funcionarem corretamente. A IA nos ajuda a prever essas interações, garantindo que as moléculas escolhidas tenham o encaixe ideal”, afirmou.

A partir dessa triagem, o estudo passa pela fase de validação biológica, quando as opções avaliadas como promissoras passam por testes in vitro. Em seguida, os pesquisadores buscam a patente, bem como laboratórios farmacêuticos que se interessem em produzir os medicamentos. Por fim, são realizados testes finais exigidos pelas agências reguladoras.

Natália Sezil

Natália Sezil

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, é estagiária do Portal 6 e atua na cobertura do cotidiano. Apaixonada por boas histórias, gosta de ouvir as pessoas, entender contextos e transformar relatos em narrativas que informam e conectam o público.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade