Pouco mais de um mês após bebê morrer trancado em carro, mãe fala sobre relação com dona de creche
Atualmente a empresária cumpre prisão domiciliar após a Justiça entender que o crime ocorreu sem violência


Quarenta dias após a morte de Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, a mãe do garotinho, Giselle Rodrigues, de Nerópolis, respondeu perguntas em caixinhas do Instagram para falar sobre a perda do filho e a amizade com a dona da creche envolvida na morte do menino.
Ao ser questionada se era amiga de Flaviane Lima Souza, Giselle respondeu que a considera e tem muito amor por ela.
“Hoje eu considero. Eu não sei explicar que amor é esse que Deus colocou no meu coração por ela! A pessoa Flaviane, eu sempre admirei, escolhi a dedo quem e onde meu filho ficaria”, explicou.
Outra usuária perguntou se, ao menos, ela havia recebido uma explicação por parte da empresária sobre os motivos que a levaram a esquecer o menino. Em resposta, a mãe de Salomão disse que não há uma explicação para o que aconteceu e que não a julga.
“O mundo pode julgar ou não, mas me coloco no lugar dela também; são duas famílias que, neste momento, estão destruídas”, afirmou.
Relembre o caso
Salomão Rodrigues Faustino morreu após ficar preso dentro de um carro por cerca de quatro horas, no dia 18 de fevereiro.
Ao perceber o que havia acontecido, Flaviane acionou o Corpo de Bombeiros para prestar socorro ao bebê. Ele foi encaminhado ao Hospital Sagrado Coração de Jesus, mas não resistiu.
Os laudos médicos indicaram que o menino sofreu hipertermia – uma elevação da temperatura corporal.
“O prontuário médico define que a morte ocorreu às 18h22 e que a criança sofreu um total desequilíbrio de sua capacidade de regular a temperatura corporal”, explicou o delegado André Fernandes.
Prisões
Os agentes de segurança pública efetuaram a prisão de Flaviane em Itaberaí, a 80 km de Nerópolis. Após ser autuada, ela foi levada ao Complexo de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, onde permaneceu presa preventivamente.
Em 27 de fevereiro, a dona da instituição infantil teve a prisão convertida para domiciliar. No entanto, em 6 de março, a Justiça a tornou ré por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, fútil e cruel.
O delegado afirma que imagens mostram que ela estava desesperada, com medo e surpresa quando descobriu o erro que cometeu. “Foi um lapso de memória violentíssimo. Foi um desespero total, que a deixou sem ação. Todo o preparo que ela tinha, naquele momento, não foi suficiente”, disse André.
Atualmente, a empresária cumpre prisão domiciliar após a Justiça entender que o crime ocorreu sem violência.
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