“Mais que um Papa, um amigo”, diz anapolina que viveu encontro inesquecível com Francisco no Vaticano

Conversa memorável com o pontífice rendeu conselhos sobre o amor e momento de muitos risos

Paulino Henjengo Paulino Henjengo -
“Ele foi mais que um Papa, foi um amigo”, diz anapolina que viveu encontro inesquecível no Vaticano
Raquel e Pérseo em dialogo histórico com o Papa (Foto: Reprodução/Instagram)

Um encontro que era para ser apenas uma bênção papal acabou se tornando um dos momentos mais marcantes da vida de um jovem casal anapolino.

Raquel Saad e Pérsio Antunes estavam em lua de mel na Europa quando decidiram incluir Roma no roteiro, com um propósito especial: encontrar o Papa e receber o famoso Sposi Novelli – tradicional bênção aos recém-casados.

Raquel conversou com o Portal 6 e disse que, mesmo tendo enviado uma carta ao Vaticano meses antes, a ansiedade tomava conta deles na véspera do encontro. “Era uma coisa muito importante para mim, mas fiquei com medo de criar expectativa e dar errado”, contou.

A cerimônia acontece sempre às quartas-feiras e costuma reunir milhares de fiéis de todo o mundo. Mas, para surpresa dela, tudo deu certo. “Na hora, a sensação que eu tive foi de estar em casa. Me senti muito à vontade, uma paz.”

“Ele foi mais que um Papa, foi um amigo”, diz anapolina que viveu encontro inesquecível no Vaticano

Papa os aconselhou a nunca terminarem o dia brigados (Foto: Reprodução/Instagram)

Conselhos sobre o amor e um momento de risos

Raquel contou que normalmente seria apenas um momento rápido mas transformou-se em algo íntimo e raro. Isto porque ela tomou coragem e decidiu puxar conversa com o pontífice, mesmo sabendo que não era o comum.

“Pensei: essa será minha única chance, então perguntei que conselhos ele daria para um casal recém-casado.”

A resposta do Papa Francisco foi simples: “Nunca terminem o dia brigados e sejam sempre companheiros um do outro”. Para o casal, essas palavras se tornaram lema do relacionamento. “É algo que levamos conosco todos os dias, mudou a forma como lidamos com os desafios”, afirmou Raquel.

O momento ainda foi marcado por algo muito raro de acontecer em um ambiente oficial no Vaticano. Ao se aproximar deles, o Papa fez uma piada com algo bem conhecido entre os brasileiros: “Cachaça, é bom!”, disse, em tom de brincadeira.

“Foi um momento de muita humanidade ele foi além do Papa, foi alguém próximo de verdade”, completou.

A dor da despedida e o legado de misericórdia

A notícia da morte do pontífice chegou de maneira inesperada. “Uma amiga me mandou mensagem perguntando se eu já tinha aberto as redes sociais. Quando vi, era a nota oficial do Vaticano. Fiquei muito triste, aquela era uma lembrança que eu sabia que talvez tivesse sido a última vez.”

Raquel já havia encontrado o Papa Francisco outras três vezes: na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, no Jubileu de Ouro da Renovação Carismática Católica em 2017 e novamente na Jornada do Panamá, em 2019.

Mas aquele último encontro, vivido de forma mais próxima, teve um peso diferente. “Eu sabia que poderia ser a última vez e, por isso vivi cada segundo com o coração aberto. Falei para o Pérsio que esse dia ficaria marcado para sempre na nossa história.”

Sobre o legado que o Papa deixou, Raquel encara de maneira categórica: “Ele deixou o ensinamento de que o nome de Deus é misericórdia. Ele falava disso, mas, mais do que isso, ele vivia. Seu testemunho era ainda mais poderoso do que suas palavras”.

Se tivesse a chance de conversar com o Papa uma última vez, Raquel sabe o que diria: “Obrigada por ter sido não só o Papa, mas o meu amigo. Sempre que olhamos nossa foto com ele, dizemos: ‘Olha o nosso melhor amigo aí’”.

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