Procurador da Alego e servidor da receita estadual estão entre os investigados em operação da PCGO
PC deu cumprimento a cinco mandados de prisão temporária e outros 15 de busca e apreensão


Um procurador da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e um servidor da Secretaria da Economia estão entre os suspeitos de integrarem uma quadrilha que falsificava documentos e fraudava impostos, segundo a Polícia Civil (PC).
A segunda etapa da Operação Prince John foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20) e deu cumprimento a cinco mandados de prisão temporária e outros 15 de busca e apreensão. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 5,3 milhões em bens.
Entre os presos, está um servidor da Secretaria da Economia, sendo que em nota, o órgão afirmou que acompanha o desenrolar das investigações para tomar as medidas cabíveis.
Com relação ao procurador da Alego que também está sendo investigado, ele também teria sido alvo de outra operação da PC no ano passado que apurava venda de sentenças.
Em nota, a Alego afirmou não ter conhecimento da operação e que não se responsabiliza por ilícitos cometidos por servidores que não tenham ligação com a administração legislativa.
Em tempo
As medidas são desdobramentos da primeira fase da operação Prince John, realizada em setembro de 2024, que revelou um esquema estruturado de corrupção e falsificação de documentos públicos.
Segundo as investigações, a quadrilha atuava sob a fachada de uma empresa de assessoria tributária e induzia vítimas ao erro ao falsificar demonstrativos de cálculo do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), simulando o pagamento do tributo.
Os investigados podem responder por associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, e extorsão — crimes previstos no Código Penal.
Confira a nota da Secretaria da Economia, na íntegra:
A Secretaria da Economia acompanha as investigações conduzidas pela Polícia Civil, que resultaram na prisão de um servidor da pasta. A Secretaria aguarda informações sobre a apuração e seus desdobramentos, e poderá adotar as providências cabíveis também na esfera administrativa.
Confira a nota da Alego, na íntegra:
Assembleia Legislativa de Goiás não tem conhecimento da operação da Polícia Civil que investiga um dos servidores da Casa. A Alego não se responsabiliza por qualquer ato ilícito cometido por qualquer um dos servidores que não tenha relação com a administração legislativa. A Assembleia Legislativa de Goiás reprova veementemente este tipo de conduta e está à disposição da Polícia Civil e dos órgãos competentes para colaborar com as investigações.
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