Léo Lins é condenado a 8 anos de prisão por piadas preconceituosas; relembre shows em Anápolis
Humorista já havia deixado recado para os anapolinos sobre o processo que levou à sentença


Conhecido pelo caráter irreverente e pelas piadas que não poupam ninguém, o humorista Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por conta de comentários considerados preconceituosos.
O processo corre na 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo e ainda cabe recurso. Além da sentença, repercutida nesta terça-feira (03), o comediante deve pagar R$ 303,6 mil de indenização por danos morais coletivos.
A condenação é baseada em um vídeo – o registro do show “Léo Lins – Perturbador” realizado em 2022, que chegou a alcançar 3,3 milhões de visualizações antes de ser suspenso do YouTube.
No show, uma “série de reclamações” teria sido feita sobre diversos grupos sociais: negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.
Visitas a Anápolis
Ao longo dos últimos anos, anapolinos já puderam presenciar pessoalmente algumas dessas “amostras” de como são os shows de Léo Lins.
O humorista já visitou a cidade no final de 2019, primeiro semestre de 2022, e começo de 2024, sempre com a mesma promessa de “humor ácido”.
Em algumas dessas oportunidades, o comediante chegou a mencionar o processo que já estava sendo movido pelo Ministério Público, que conduziu à condenação desta terça-feira (03).
Em registros que chegaram a ser postados no YouTube, Lins fazia piadas sobre o assunto e se posicionava contra a proibição de algumas falas.
“É isso que eu preciso pra seguir em frente. Podem me xingar, cancelar, ameaçar, agredir, demitir… enquanto vocês estiverem aí, eu estarei aqui para ofender a sociedade. Obrigado”, finalizou, em um dos shows.
Rastro de polêmica
O assunto chegou a ser mencionado anteriormente pelo Portal 6, que repercutiu uma das “estratégias” utilizadas pelo humorista para “conhecer a cidade” antes de se apresentar.
Nesse sentido, Lins preparou o stand-up “Bullying Arte”, de 2022, com a ajuda dos anapolinos. Ele pediu, à época, que moradores falassem um pouco sobre o município. O pedido reuniu diversas respostas.
Entre elas, alguns internautas apontaram os buracos nas ruas e a obra então inacabada da Câmara Municipal.
Sobre esta última, alguém disse: “tentaram reconstruir uma das pirâmides do Egito adaptada para os 7 anões…”.
Nem o Terminal Rodoviário, ou a estátua da Havan, foram poupados. “A rodoviária parece cena do filme MadMax”, comentou um, enquanto outro brincou: “estátua da Havan tem até perfil no Tinder”.
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