Laboratório de Aparecida de Goiânia se defende após suspeita de fraturar fêmur de bebê em teste do pezinho

Família percebeu que algo estava errado após a neném não parar de chorar e a perna começar a inchar e apresentar hematomas

Davi Galvão Davi Galvão -
Bebê precisou utilizar gesso após a lesão. (Foto: Reprodução)
Bebê precisou utilizar gesso após a lesão. (Foto: Reprodução)

O laboratório de Aparecida de Goiânia que está sendo investigado pela Polícia Civil (PC) sob a suspeita de ter fraturado o fêmur de um bebê de apenas nove dias de vida durante o teste do pezinho, negou as acusações.

Em nota enviada ao Portal 6, a instituição, localizada no Setor Garavelo, afirmou que não houve qualquer intercorrência no procedimento médico e que, inclusive, a família deixou a unidade de forma tranquila e sem nenhuma anormalidade.

Ainda, afirmou lamentar profundamente o ocorrido com o bebê e que entende plenamente a preocupação da família.

“Gostaríamos de esclarecer que o teste do pezinho foi realizado por profissionais com ampla experiência em coleta, utilizando o protocolo apropriado para este tipo de atendimento em recém-nascidos”, publicou.

O caso aconteceu na última quinta-feira (12), mas só veio a tona nesta segunda-feira (16), após os pais procurarem a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para denunciarem o ocorrido.

O que diz a família

Segundo a delegada Sayonara Lemgruber, responsável pelo caso, os pais da garotinha são de Arraias (TO) e vieram para Aparecida de Goiânia para fazer o parto em um hospital particular.

Após o nascimento, eles foram para o laboratório, onde fizeram o teste do pezinho. Contudo, a realização do exame não teria ocorrido conforme o planejado.

“Nesse momento, a mãe que manteve a criança no colo o tempo inteiro, percebeu que aqueles atendentes estavam com uma certa dificuldade de colher a gotinha do pé do recém-nascido. Eles começaram naquele momento a manipular a perninha da criança, com a finalidade que o sangue descesse”, explicou a delegada.

Em depoimento, a mãe reforçou que durante todo o processo a bebê chorava muito e, já durante a noite, sem que o choro cessasse, também notou que a filha apresentava inchaços e um grande hematoma na perna esquerda.

Constatada a lesão, a família foi em diversas clínicas tentar descobrir o que havia acontecido, sendo que somente no terceiro estabelecimento que um exame de raio-x foi realizado.

Ao verificar as imagens, foi constatado que a bebê estava com o fêmur fraturado, quebrado ao meio.

A PC segue investigando caso, com os responsáveis podendo responder pelo crime de lesão corporal culposa — quando não há intenção de cometer o crime —, ocasionada por falta de habilidade técnica, conforme apontou a delegada.

Confira a nota do laboratório na íntegra:

A empresa lamenta profundamente o ocorrido com o bebê e entende plenamente a preocupação da família. No entanto, gostaríamos de esclarecer que o teste do pezinho foi realizado por profissionais com ampla experiência em coleta, utilizando o protocolo apropriado para este tipo de atendimento em recém-nascidos. O procedimento realizado transcorreu normalmente e sem qualquer intercorrência durante a coleta. A família deixou a unidade de forma tranquila e sem nenhum registro de anormalidade no atendimento. Desde o momento em que fomos contatados pelos pais, temos prestado todos os esclarecimentos necessários quanto ao atendimento realizado, nos solidarizando com a situação.

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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