Motoristas do transporte coletivo na Grande Goiânia anunciam greve; saiba motivos

Decisão foi tomada por unanimidade por motoristas, após empresas recusarem proposta de reajuste nos salários

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Ônibus de transporte coletivo da empresa Rápido Araguaia. (Foto: Divulgação)
Ônibus de transporte coletivo da empresa Rápido Araguaia. (Foto: Divulgação)

O transporte coletivo da Grande Goiânia deve paralisar a partir desta sexta-feira (27), após decisão do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (SindColetivo).

A suspensão dos serviços foi aprovada em ampla maioria pelos trabalhadores da categoria, durante uma assembleia realizada neste domingo (22), no Terminal Padre Pelágio, no Setor Ipiranga.

Ao Portal 6, o presidente do SindColetivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, explicou que a proposta do setor era uma reposição inflacionária de 4,86% nos salários dos motoristas. Incluia também um ganho de 0,5% — o que totalizaria um reajuste de 5,36%.

No entanto, conforme indicado pelo representante, o Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET) recusou a moção por unanimidade. Fato que motivou os próprios colaboradores a, também por unanimidade, decretarem a greve.

“Acredito que se as empresas fizerem uma boa melhoria, uma vez que as empresas estão num momento muito bom com subsídios, a gente acredita que as empresas podem sim fazer uma proposta digna, justa, que reponha os prejuízos que a categoria sofreu, principalmente do Covid para cá”, disse, em entrevista à reportagem.

Novas tratativas

Apesar disso, o presidente pontuou que uma nova reunião acontecerá ainda nesta semana, reunindo ambos os entes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Durante o encontro, a Justiça deve mediar uma conciliação entre os sindicatos, realizando uma negociação que pode dar fim aos planos de paralisação. Contudo, enquanto a conversa não acontece, o SindColetivo definiu o início da greve para às 00h de sexta-feira (27).

“Então, é isso. Ou as empresas fazem uma proposta boa na conciliação que terá no Tribunal Regional trabalho, ou haverá uma paralisação no dia 27 às 00h”, finalizou Carlos Alberto.

Posicionamento

A reportagem entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET) durante a produção deste reportagem. Por meio da assessoria, a SET emitiu a seguinte nota:
O Sindicato das Empresas de Transporte Público de Goiânia e região Metropolitana (SET), informa que tomou conhecimento pela imprensa sobre o indicativo de greve do Sindcoletivo.

O SET reafirma o interesse em continuar as negociações na busca de uma solução. Além disso, entende que qualquer tipo de paralisação no transporte público vai prejudicar diretamente o usuário do
serviço. E, portanto, não vê neste o melhor caminho.

É importante lembrar que nos dois últimos anos as empresas concederam ganhos reais significativos para a categoria. E que, mesmo neste ano, um ano desafiador por conta dos altos investimentos na qualidade do transporte, – com frota 100% nova, reformas de estacoes e terminais, pontos de parada entre outros – se propôs a conceder reajuste com ganho real, acima da inflação.

Haverá uma reunião para mediação deste caso esta semana no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) onde o SET espera que tudo isso seja considerado e que se possa chegar a um acordo para impedir qualquer paralisação.

O SET permanece à disposição para qualquer esclarecimento.

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