Idosa tem ponta do dedo necrosada após ir a salão de beleza em Goiânia

Desde então, vítima afirma ter tido mobilidade prejudicada

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Idosa tem ponta do dedo necrosada após ir a salão de beleza em Goiânia
Imagem mostra dedo de idosa dois dias após fazer unhas, em Goiânia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde fevereiro deste ano, a aposentada Marise Teixeira de Araújo Amorim, de 66 anos, tem vivenciado um pesadelo que mudou sua vida. A idosa sofreu uma infecção grave no dedo da mão, que evoluiu para necrose na ponta do membro, após fazer as unhas em um salão de Goiânia. Agora, ela se prepara para passar pela quinta cirurgia.

Em entrevista ao Viva Bem, do UOL, Marise contou que resolveu marcar um horário para fazer as unhas — mesmo não tendo esse hábito — para ir a um casamento, em São Paulo. Segundo ela, os equipamentos utilizados eram do próprio salão.

“Ela [a manicure] foi supercuidadosa, não tenho do que me queixar nesse ponto. Mas, ao lixar minha unha, que é muito grudada na pele, ela acabou causando um ferimento embaixo dela”, relatou.

O dano só foi percebido quando a profissional aplicou acetona para remover o excesso de esmalte, o que fez a idosa sentir ardência ao redor da região.

Logo em seguida, ainda no mesmo dia, durante o trajeto até o aeroporto, Marise começou a sentir dor, e o dedo passou a latejar, o que a levou a recorrer a analgésicos. No entanto, no dia seguinte, os incômodos se intensificaram e, segundo ela, a fizeram “desfalecer de tanta dor”.

Ela foi levada ao hospital pelo filho, ainda em São Paulo, onde foi constatada a infecção. Apesar de ter iniciado o tratamento com medicamentos, precisou retornar à unidade de saúde mais tarde devido ao agravamento da dor.

“Tomei dipirona na veia, não resolveu o caso da dor, e depois um Tramal. Foi aí que as dores começaram a diminuir, mas, apesar de estar sem dor, o dedo começou a inchar cada vez mais”, relatou.

Situação agravada

Ao retornar para Goiânia, Marise precisou passar por uma cirurgia de emergência para o debridamento (remoção de tecido morto), além de tratar a infecção e drenar o pus. No entanto, no dia seguinte, ela teve que passar pelo mesmo procedimento novamente.

Apesar de apresentar melhora, Marise acabou perdendo a ponta do polegar, que necrosou. Ela foi submetida a uma terceira cirurgia para reconstrução da extremidade do dedo, utilizando pele retirada do pé, e, posteriormente, a uma quarta intervenção.

A situação deixou o dedo da idosa rígido. Agora, ela aguarda a quinta cirurgia, que tem como objetivo melhorar a função e a mobilidade do membro — que não foram recuperadas, mesmo após 70 sessões de fisioterapia.

“Ainda sinto um pouco de incômodo, porque a pele está muito sensível. Não consigo fazer a pinça com o dedo, então a mobilidade ficou bastante prejudicada”, contou.

Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e fique por dentro das últimas notícias de Goiânia!

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade