Padroeira de Anápolis e avó de Jesus: saiba quem foi Sant’Ana

Tradição da santa está marcada nas crenças e "carimbada" no nome da cidade, ligada diretamente ao surgimento do município

Natália Sezil Natália Sezil -
Pintura de São Joaquim, Santa Ana e a Virgem Maria. Paróquia de Sant'Ana em Anápolis. (Foto: GualdimG/Wikimedia Commons e Jorge Felipe)
Pintura de São Joaquim, Santa Ana e a Virgem Maria. Paróquia de Sant’Ana em Anápolis. (Foto: GualdimG/Wikimedia Commons e Jorge Felipe)

Com a tradição marcada nas crenças, espalhada pela história e até mesmo “carimbada” no nome da cidade, muitos moradores diriam que é quase impossível viver em Anápolis sem nunca ter ouvido falar de Sant’Ana.

Celebrada anualmente, a padroeira do município “recebeu” o dia 26 de julho como momento de homenagens em 2002. Foi nesse ano que a Lei nº 2901 instituiu que a data seria considerada feriado municipal.

A história de Sant’Ana, no entanto, vem de muito antes: está enraizada diretamente no surgimento de Anápolis. Mãe da Virgem Maria e avó de Jesus, a santa foi crucial para que a Vila de Santana das Antas começasse a se formar.

Isso porque todo o município cresceu em volta da história envolvendo a imagem da padroeira, após alguns tropeiros que viajavam entre Jaraguá e Bonfim (atual Silvânia) pararem justamente onde mais tarde se formaria a cidade.

A tradição diz que a mula que carregava parte dos pertences do grupo acabou empacando na metade do trajeto. Ana das Dores, que levava a imagem da santa por conta da devoção que sentia por ela, entendeu isso como “um sinal”.

Para ela, o ocorrido significava que a avó de Jesus queria “ficar” ali. Por isso, a imagem foi deixada para trás, e uma capela foi erguida para honrar a figura.

O povoado de Sant’Ana das Antas logo se formaria junto à Capela das Antas, às margens do córrego de mesmo nome. O nome “Anápolis” só surgiu mesmo em 1907 – 118 anos atrás.

Padroeira dos avós

Avó de Jesus, Ana logo se tornou protetora dos avós. Nascida na mesma linhagem que o Rei Davi, Ana e o marido, Joaquim, passaram anos enfrentando um grande desafio: não conseguiam conceber um filho.

Isso só mudaria com a visita de um anjo, que chegou até eles um dia avisando-os que o desejo seria cumprido. Diante disso, a mulher prometeu que dedicaria a vida do bebê ao serviço de Deus. Assim nasceu Maria.

Por conta da promessa, Maria foi entregue à serviço do Templo aos três anos de idade, permanecendo ali até os 12. Por ter gerado quem mais tarde se tornaria a mãe de Jesus, Ana foi canonizada em 1378, pelo Papa Urbano IV.

Ela “ganhou” a data 26 de julho como celebração em 1584, conforme determinação do Papa Gregório XIII.

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