Família denuncia tentativa de golpe de R$ 12 mil e vazamento de dados pessoais em hospital de Goiânia

Ao Portal 6, vítima afirmou que suposto médico pediu valores para dar continuidade aos cuidados de saúde

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Família denuncia tentativa de golpe de R$ 12 mil e vazamento de dados pessoais em hospital de Goiânia
Instituto Neurológico de Goiânia. (Foto: Instituto Neurológico de Goiânia/ Google)

Um momento delicado vivenciado por uma moradora de Goiânia quase se transformou em um imbróglio. Enquanto lidava com a internação de uma familiar hospitalizada no Instituto Neurológico de Goiânia, a jovem e sua família quase foram vítimas de um golpe quando um homem — sabendo da situação — tentou se passar por um suposto médico, afirmando que a família deveria desembolsar o valor de R$ 12 mil para a continuidade dos cuidados de saúde.

Ao Portal 6, a jovem — que preferiu não ser identificada — contou que a madrinha dela deu entrada na unidade após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante a madrugada e que ela — juntamente com o tio — aguardava o prontuário médico, o qual foi entregue por volta das 11h desta quarta-feira (30).

Tentativa de golpe

Cerca de quatro minutos depois, a situação passou a gerar estranheza quando, de repente, a paciente internada recebeu uma ligação de um suposto diretor da UTI. Ele deu novas informações sobre o estado de saúde, alegando que, na verdade, ela estava com embolia pulmonar e que, por isso, precisaria passar por um procedimento de urgência.

O processo, segundo ele, ainda não havia sido aprovado pelo plano de saúde, e a família deveria pagar R$ 12 mil — valor que, posteriormente, seria reembolsado.

“Nisso, nós mandamos mensagem para o nosso gestor da Unimed, confirmando se havia mesmo um pedido e se era possível aprovar o procedimento, e não havia pedido nenhum”, afirmou a jovem.

As tentativas, no entanto, foram insistentes. De acordo com ela, o golpista chegou a ligar, pelo menos, três vezes, além de enviar um CPF para a realização do Pix, o que gerou ainda mais desconfiança.

“Desconfiamos também porque o Pix era para um CPF e, se fosse o financeiro do hospital, pediria um CNPJ, não o CPF de um médico”, complementou.

Outra vítima

A caminho do hospital para verificar as informações, mais um ponto chamou a atenção: o suposto médico começou a apagar as mensagens enviadas. Um dos conteúdos, inclusive, pedia que ela enviasse duas cópias autenticadas de comprovantes de endereço, CPF e RG.

Já na unidade, a jovem afirma que ainda teria se deparado com outra mulher, cujo marido também estava hospitalizado, e que havia recebido uma ligação do mesmo “médico“, mas com a solicitação de um valor de R$ 9 mil.

“Ele sabia que ela [minha madrinha] estava na UTI, sabia dados clínicos mesmo… não tem como obter essas informações sem ter tido acesso ao prontuário. E com a outra moça foi da mesma forma — no caso, o marido dela teve uma lesão na coluna, e ele sabia”, relatou.

Após a situação, ela afirma ter sido orientada a procurar a Ouvidoria, mas foi apenas informada de que os prontuários são registrados de forma digital e que iriam apurar como a pessoa conseguiu acesso às informações.

Posicionamento do hospital

O Portal 6 entrou em contato com o Instituto Neurológico de Goiânia, que se limitou a dizer que estava investigando o caso, sem dar mais detalhes sobre as apurações.

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