Motorista da Uber em Aparecida de Goiânia aceita corrida que poucos aceitariam em Anápolis e se arrepende amargamente
Não só pelo bairro, o profissional também ignorou características suspeitas do passageiro. Caso será investigado pela Polícia Civil


Um motorista de aplicativo de 38 anos, morador de Goiânia, viveu momentos de terror na madrugada deste sábado (02) ao aceitar uma corrida que, para muitos motoristas de Anápolis, já seria um sinal de alerta.
O destino final era o bairro Novo Paraíso, popularmente conhecido como “Morro do Cachimbo”, a única localidade da cidade formalmente classificada como favela pelo Ministério das Cidades.
O profissional, que não será identificado pela reportagem, estava em Aparecida de Goiânia quando a solicitação apareceu no aplicativo.
O chamado foi feito por uma mulher de nome “Cristiele”, mas, ao chegar no ponto de partida, quem o aguardava era um homem não identificado. Mesmo com a divergência, motorista iniciou a viagem.
O trajeto de dezenas de quilômetros seguiu sem intercorrências até a chegada em Anápolis. No entanto, o desfecho da corrida transformou o que seria apenas mais um dia de trabalho em um caso de polícia, reforçando o receio que muitos motoristas locais têm em relação a certas corridas.
Ao chegar na Rua Nacionalista, no Novo Paraíso, o passageiro se recusou a pagar pela viagem.
Sentindo-se ameaçado, o motorista ligou para o 190 e relatou a situação à Polícia Militar. Assim que encerrou a chamada, a situação escalou: o passageiro o agrediu com dois socos, um no peito e outro no rosto, e fugiu correndo.
Características do passageiro e uma parada não esperada
Em depoimento na Central de Flagrantes, o parceiro da Uber descreveu o agressor como um homem magro, de aproximadamente 1,70m, moreno claro, que usava boné, casaco, bermuda e chinelos. Ele também detalhou que o homem possuía duas tatuagens no pescoço.
Para piorar a situação, o motorista relatou que, durante o percurso, fez uma parada em um posto de combustível para que o passageiro buscasse um parente. No momento da cobrança, ambos fugiram sem pagar.
O caso foi registrado como lesão corporal e estelionato. Motorista solicitou o exame de corpo de delito para comprovar as agressões sofridas.
A Polícia Civil de Anápolis ficará responsável pela investigação para identificar e localizar os autores do crime.