Após 284 cavalos morrerem intoxicados por ração produzida em Goiás, revendedores fazem nova denúncia
Nutratta foi notificada a providenciar o recolhimento diretamente com os clientes, conforme o Código de Defesa do Consumidor

A fábrica de rações Nutratta Nutrição Animal Ltda., sediada em Itumbiara e investigada pela morte de 284 cavalos em todo o Brasil, alguns que até chegam ao expressivo valor de R$ 12 milhões, foi alvo de novas denúncias, pois revendedores afirmam que a empresa não retirou os lotes suspeitos de contaminação de seus estoques e tampouco ofereceu suporte aos pontos de venda.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Nutratta foi notificada a providenciar o recolhimento diretamente com os clientes, conforme o Código de Defesa do Consumidor. A pasta reforçou que a responsabilidade pelo processo é da fabricante e não dos órgãos oficiais.
A produção da companhia já estava suspensa desde julho. Na ocasião, a Justiça havia autorizado parcialmente a retomada, mas a decisão foi logo revogada, mantendo a proibição de fabricar e comercializar rações para qualquer espécie até que as irregularidades sejam corrigidas.
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Cavalo morto após ingerir ração contaminada. (Foto: Arquivo Pessoal)
O Mapa apura o caso desde maio. Laudos laboratoriais identificaram a presença de monocrotalina, substância altamente tóxica encontrada em plantas do gênero Crotalaria, nas rações consumidas pelos animais mortos. Em todas as propriedades investigadas, apenas os equinos que ingeriram os produtos da Nutratta adoeceram ou morreram.
Até o momento a empresa não emitiu nenhum posicionamento acerca das denúncias. O espaço segue aberto.