Superbactéria no Meia Ponte: pesquisador da UEG dá detalhes inéditos em estudo premiado nacionalmente
Bactéria capaz de causar infecção generalizada foi encontrada no rio que abastece metade da população na região Metropolitana de Goiânia

Uma pesquisa realizada por um aluno de doutorado da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi premiada após conseguir informações inéditas sobre a qualidade da água em rios do Cerrado.
Igor Romeiro dos Santos descobriu a presença de superbactérias no , Rio Meia Ponte anancial que abastece aproximadamente metade da população da Região Metropolitana de Goiânia.
Com isso, a tese de doutorado do estudante foi eleita a melhor do país na área de Ciências Ambientais pelo Prêmio Capes de Tese 2025.
O reconhecimento é nacional: vinculada ao Ministério da Educação, a Capes é uma das agências de financiamento mais importantes para o fomento da ciência brasileira.

Igor Romeiro dos Santos foi responsável pela pesquisa, coordenada pela professora Elisa Bailão. (Foto: Divulgação)
O trabalho de Igor revelou a presença de Staphylococcus aureus, uma bactéria multirresistente que pode causar sepse – a infecção generalizada.
Essa é considerada a bactéria mais perigosa de todas as estafilocócicas mais comuns, segundo o Manual MSD, considerado referência no ramo da saúde.
O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), analisou amostras dos rios Meia Ponte e Extrema. A pesquisa identificou resíduos de antibióticos usados na medicina e na agropecuária, além de bactérias resistentes a vários medicamentos.
O trabalho ainda apontou que o esgoto tratado lançado no rio é parcialmente responsável por isso. Esse “descarte” aumenta em até 45% a quantidade dessas bactérias.
Para a professora Elisa Bailão, que coordenou o “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde”, isso reforça a necessidade de preservação e monitoramento rigoroso dos rios.
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Isso porque os resultados evidenciam que “a presença de antimicrobianos em águas do Cerrado pode afetar todo o ecossistema e provocar a multirresistência bacteriana”.
Para Igor, o reconhecimento conquistado comprova a relevância da ciência produzida em Goiás.
“Essa conquista mostra o avanço da pesquisa no estado e pode abrir portas para novos investimentos voltados à preservação da biodiversidade e à qualidade de vida da população”, afirma o pesquisador.
A tese foi intitulada “Poluentes emergentes em águas do Cerrado goiano: indicadores ecotoxicológicos, presença de antimicrobianos e multirresistência bacteriana”.
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