Nota Zero para gestão da Saúde pública em Goiânia
Em conversas obtidas pela coluna Rápidas, profissionais de urgência e emergência relatam que a situação "piorou depois que o Mabel assumiu"

O mais recente plantão da rede municipal de saúde de Goiânia, realizado nesta segunda-feira (16), foi marcado por uma série de problemas que expõem a fragilidade do sistema.
Diversas unidades de atendimento apresentaram falhas críticas, como a falta de serviços essenciais de raio-X em locais como os CAIS de Itaipu, Noroeste, Novo Horizonte, Goiá, Wassily e Vila Nova.
A carência de profissionais também foi um obstáculo, com a ausência de ortopedista no CAIS Noroeste e de técnico de imobilização no Jardim América, além da falta de técnicos de laboratório em Campinas e Vila Nova, e a completa indisponibilidade de exames laboratoriais no Novo Horizonte e Wassily.
A precariedade estrutural e de pessoal resultou em um cenário de sobrecarga e colapso em pontos cruciais da rede. O CAIS Cândida de Moraes e o CAIS Vila Nova atingiram a capacidade máxima de seus leitos de estabilização, sendo forçados a solicitar o desvio do fluxo de novas ambulâncias do SAMU e do Corpo de Bombeiros.
Leia também
Essa situação sobrecarrega as equipes de resgate, que enfrentam longos deslocamentos para encontrar um local de atendimento. Um exemplo dramático foi o transporte de uma vítima do setor Moinho dos Ventos para o Novo Mundo, uma viagem de 1 hora e 40 minutos, ilustrando o impacto direto da desorganização da rede na eficiência dos serviços de emergência.
Nos bastidores, a insatisfação entre os servidores que atuam na linha de frente é evidente. Em conversas obtidas pela coluna Rápidas, profissionais de urgência e emergência relatam que a situação “piorou depois que o Mabel assumiu”.
Segundo eles, a gestão do prefeito Sandro Mabel tem se mostrado inferior à de seu antecessor, Rogério Cruz, com a queixa de que “todo dia falta algo” nas unidades, todas geridas diretamente pela Prefeitura.