Iquego quer produzir e distribuir “canetas emagrecedoras” gratuitamente em Goiás

Laboratório aguarda resposta de recurso administrativo e está confiante que a decisão será revertida

Davi Galvão Davi Galvão -
Mulher recebendo solução injetável para tratamento de diabetes. (Foto: Reprodução / @stefamerpik / Freepik) emagrecimento
Mulher recebendo solução injetável para tratamento de diabetes. (Foto: Reprodução / @stefamerpik / Freepik)

A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), laboratório público ligado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), busca autorização do Ministério da Saúde para produzir e distribuir gratuitamente no estado dois medicamentos injetáveis popularmente conhecidos como “canetas emagrecedoras”.

Ao longo dos últimos dois anos, a procura por ambos os fármacos disparou. São eles: Semaglutida, usada no tratamento do diabetes tipo 2; e Liraglutida, indicada para auxiliar no emagrecimento e na manutenção do peso corporal.

No ciclo 2024/2025, o pedido da Iquego recebeu parecer desfavorável, mas a instituição informou que apresentou recurso administrativo dentro do prazo legal e está confiante que a decisão será revertida.

A empresa participa de três programas do ministério voltados à ampliação da produção nacional: o PDP (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo), que promove acordos entre laboratórios públicos e empresas privadas com transferência de tecnologia; o PDIL (Programa de Desenvolvimento e Inovação Local), que incentiva soluções tecnológicas locais para reduzir dependência externa; e o PDCEIS (Programa de Desenvolvimento do CEIS), voltado à diminuição das vulnerabilidades do SUS.

Os ciclos atuais desses programas têm forte concorrência de instituições públicas consolidadas, como Fiocruz/Biomanguinhos, Farmanguinhos, Butantan, Funed, Furp e Lafepe.

Por isso, as exigências são elevadas em termos de análise técnica, capacidade produtiva instalada, comprovação regulatória e garantias de fornecimento.

Para obter a aprovação, a Iquego precisa comprovar estrutura industrial e regulatória robusta, apresentar parceiros tecnológicos com domínio do know-how, planos detalhados de transferência, viabilidade econômica para o SUS e aderência à Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde.

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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