Conheça a cidade goiana que chega a produzir 600 toneladas anuais de uva
Goiás pode reescrever seu perfil agrícola, não só com soja, milho ou pecuária, mas também com a vitivinicultura

No coração do cerrado goiano, entre veredas e estradas de terra, o município de Paraúna surpreende quem o visita com algo que parece ter nascido longe dali: vinhos e parreirais que produzem até 600 toneladas de uva por ano.
Segundo o Governo de Goiás, a vinícola Serra das Galés, instalada em Paraúna, alcança essa produção volumosa, fato que ressoa como novidade para quem não associa Goiás ao universo da vitivinicultura.
A história local revela um passo audacioso: foi em 2007 que a Serra das Galés iniciou sua trajetória, convencida do potencial do solo goiano para a fruticultura.
Com essa aposta, Paraúna veio a ocupar posição de destaque: segundo agências de incentivo estadual, o município tornou-se o maior produtor de uva em Goiás — e a vinícola citada é peça central desse protagonismo.
Essa é a cidade goiana que chega a produzir 600 toneladas anuais de uva
Mas como Goiás entrou no mapa da viticultura com tamanha ousadia? Dados do governo estadual mostram que o cultivo estadual chegou a 93 hectares, com rendimento médio de 18.258 kg por hectare, um crescimento de 13,5% na safra de 2022.
Na prática, esses números indicam que vinícolas como a de Paraúna operam não apenas romantismo vinícola, mas economia real, com uvas para sucos e rótulos premium — e uma versão goiana para o fluxo do enoturismo.

Morro da Igrejinha, que abriga a Capela de Nossa Senhora da Guia. (Foto: Reprodução/Prefeitura de Paraúna)
Visitar Paraúna é descobrir um destino inesperado: além das parreiras, há nascentes e cachoeiras, como a Cachoeira do Sonho e o Rio Formoso, que convida o viajante a seguir o clima bucólico da região.
Sob esse cenário, a Serra das Galés abre seus percursos: o público pode participar da colheita, caminhar entre vinhedos, saborear sucos e vinhos feitos com uvas como Syrah, Touriga Nacional, Niágara e Isabel.
Claro que nem tudo é uniformidade: muito se fala da discrepância entre o título volumétrico e a renda média dos produtores, da logística para escoamento e da dependência de parcerias com entidades estaduais de apoio à fruticultura.
Ainda assim, Paraúna demonstra que Goiás pode reescrever seu perfil agrícola — não só com soja, milho ou pecuária, mas com vinhos que florescem onde muitos não imaginavam plantar uva.
Para quem busca destinos com algo a mais, a cidade convida: estenda uma tarde entre parreirais, respire o aroma doce da colheita e entenda por que esse pequeno município goiano carrega, em cada cacho, uma história de ambição, solo e curiosidade.
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