Servidora de Aparecida de Goiânia presa por cobrar Pix para liberar exame só poderá ser solta se pagar fiança

Defesa pediu liberdade provisória durante a madrugada, mas pedido foi negado pela Justiça

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Servidora de Aparecida de Goiânia presa por cobrar Pix para liberar exame só poderá ser solta se pagar fiança
Andressa Gonzaga Moreira foi presa após cobrar Pix para realização de exame gratuito. (Foto: Reprodução)

Andressa Gonzaga Moreira, ex-servidora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia presa após cobrar um pagamento via Pix para liberação de um exame, só poderá ser solta mediante pagamento de fiança.

A informação foi repassada pela Polícia Militar (PM). Conforme a corporação, foi estipulada o valor de dois salários mínimos (equivalente a R$ 3.036) para a soltura da suspeita.

A quantia foi determinada pela Justiça durante uma audiência de custódia, realizada ainda na tarde desta sexta-feira (17).

A defesa da servidora havia solicitado a liberdade provisória no início da madrugada, mas teve o pedido de habeas corpus negado. Ela foi indiciada por corrupção passiva, com pena prevista entre 02 e 12 anos de reclusão.

Além disso, a mulher também deverá, dentro das próximas 48 horas, comprovar o endereço onde reside atualmente, além de comparecer mensalmente em juízo, até o dia 10 de cada mês.

Em tempo

Toda a situação foi denunciada pela própria vítima, de 24 anos, à Polícia Militar (PM).

A paciente teria ido até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no setor Colina Azul para realizar um exame, que é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém foi informada pela suposta autora sobre a falta de vagas, embora tenha prometido tentar um encaixe.

No dia seguinte, na quinta-feira (16), a servidora entrou em contato com a paciente por meio do WhatsApp, afirmando ter conseguido viabilizar o exame.

Porém, Andressa teria exigido um depósito via Pix, correspondente à metade do valor cobrado por um laboratório particular.

A vítima retornou à unidade de saúde, mas a servidora continuou cobrando a quantia para a liberação do exame, o que levou a paciente a acionar a PM.

Uma equipe do 8º BPM se deslocou até o local e foi atendida pela supervisora da unidade, que acompanhou os militares até a sala de Andressa.

Ao ser questionada, ela admitiu ter solicitado o pagamento. Tanto a paciente quanto a suspeita foram conduzidas até a Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, onde a servidora foi presa em flagrante.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que adotou medidas administrativas imediatas, como a demissão da servidora e a abertura de um procedimento interno para apuração dos fatos.

A pasta informou ainda estar em contato com as autoridades e colabora integralmente para o esclarecimento do caso.

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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