Setor de distribuidoras de bebidas teve queda de 60% após lei que reduz horário de funcionamento em Goiânia
Impacto também afetou o emprego no setor, com redução de cerca de 30% no número de trabalhadores
O faturamento das distribuidoras de bebidas em Goiânia teve uma queda entre 55% e 60% no faturamento desses estabelecimentos, desde a proibição do funcionamento destes após 23h59.
A apuração é do Mais Goiás junto a secretária-geral da recém-criada Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego), Franciely Gomes.
Segundo Francielly, o impacto também afetou o emprego no setor, com redução de cerca de 30% no número de trabalhadores.
“São números que mostram que muitas famílias foram vítimas dessa tentativa de nos marginalizar e de nos culpar pela criminalidade”, afirmou.
De acordo com a associação, há atualmente cerca de 3,5 mil distribuidoras com CNPJ ativo em Goiânia — número que praticamente dobra se considerados os empreendedores informais.
Para contornar a proibição, existem atualmente propostas no legislativo municipal como a do vereador Bruno Diniz (MDB) que pretende ampliar o horário até 01h e também o de Igor Franco (MDB), que amplia para 02h.
Apesar disso, nenhuma das ideias atende plenamente às necessidades da Adebego, conforme Franciely.
Em tempo
A lei que restringe o horário de funcionamento das distribuidoras foi motivada por dados do Comando de Policiamento da Capital (CPC), que apontam que mais de 40% dos homicídios em Goiânia, entre janeiro e abril de 2024, ocorreram em frente ou próximo a distribuidoras.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) também apoiou a medida e já havia cobrado da prefeitura uma fiscalização mais rigorosa nos locais que vinham operando como bares, o que é proibido pelo Código de Posturas.
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