Por que defendo a volta das escolas especializadas
Chegamos num cenário onde todas as pontas estão insatisfeitas, inclusive os estudantes, que sofrem com a falta de adequação de recursos
Tenho defendido abertamente a volta das escolas especializadas! Faço essa fala por onde passo ainda que gere algum mal estar aqui ou ali.
De um lado temos crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista de nível de suporte dois ou três, com grandes dificuldades de socialização, compreensão e comunicação, alguns quando desregulam possuem força física para derrubar professores e cuidadores.
De outro lado temos pais e mães insatisfeitos com a inclusão oferecida nas redes, sem a presença de psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e especialistas. Percebem pouquíssimo avanço, direitos negados e muito improviso. Boa vontade até.
Na outra ponta temos professores esgotados, alguns agredidos até fisicamente, e que não estudaram sobre contenção e neurodivergência em suas graduações. Outro canto aponta cuidadoras com remuneração baixa, exaustas, fazendo seu melhor pra manter o estudante em sala.
Precisamos aceitar! Há alunos que precisam de um acompanhamento mais adequado, com turmas reduzidas, mais recursos e atenção. Chega de pintar o mesmo elefantinho todos os dias. Chegamos num cenário onde todas as pontas estão insatisfeitas, inclusive os estudantes, que sofrem com a falta de adequação de recursos.
Num panorama onde o número de crianças com alguma questão de neurodivergência só aumenta precisamos refletir sobre um novo modelo de escola, não para segregar, mas para pontecializar e ofertar o que as clínicas especializadas ofertam, estimulação, terapias, adequações, isso é direito!






