Jovem que teve mão decepada pelo ex em Anápolis celebra prótese: “é um renascimento”
Dispositivo, criado pela instituição norte-americana LN4, funciona sem eletricidade, acionado pelo próprio movimento

Railma Lisboa tinha apenas 26 anos quando viu a vida ser despedaçada em frações de segundos. A caminho da faculdade, na garupa de uma moto, foi surpreendida pelo ex-companheiro e brutalmente atacada a golpes de facão, tendo uma das mãos decepadas. Pouco mais de um ano depois, esse recomeço enfim ganhou forma, peso e cor, com ela, enfim, recebendo a primeira prótese desde o ataque.
A entrega do dispositivo foi realizada na última quinta-feira (27) em uma cerimônia organizada pelo Rotary Anápolis Leste, responsável pela articulação e entrega do equipamento dentro do programa Mãos Solidárias, em parceria com o LN4 Hand Project.
O modelo é mecânico, funcional e devolve a mobilidade básica que ela tanto esperou — o direito simples de segurar, apoiar, carregar. Um gesto comum para muitos, mas gigantesco para quem precisou reaprender a existir.
Emocionada, Railma foi ovacionada quando afirmou que a prótese é mais que um recurso físico, é um renascimento.
O dispositivo, criado pela instituição norte-americana LN4, funciona sem eletricidade, acionado pelo próprio movimento da jovem. Os dedos se fecham em pinça, permitindo atividades antes impossíveis: pegar um talher, carregar uma sacola, segurar o que a vida colocar novamente em suas mãos.
Vaquinha
O dispositivo, de alta tecnologia, está avaliado em R$ 416 mil, valor que foge em muito das condições da estudante.
Ela já havia comentado, inclusive, ter desistido da opção pelo alto custo, mas voltou atrás após testar o dispositivo em uma clínica especializada em Goiânia.
Os interessados em contribuir podem fazer doações por meio do site Vakinha. Até a publicação desta matéria, a campanha já havia arrecadado R$ 18.234,60.
Relembre
O crime aconteceu no dia 24 de outubro de 2024, quando Railma estava na garupa de uma moto e indo para a faculdade, porém foi surpreendida pelo ex, que a atacou com um facão.
Ela foi socorrida por populares e levada em estado gravíssimo para o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana), onde ficou internada por uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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