PIB de Anápolis foi ultrapassado por Rio Verde e Aparecida de Goiânia, mostra IBGE

Números revelam que a derrocada econômica do município coincide com o período em que Roberto Naves estava no comando da gestão do município

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). (Foto: Divulgação/Codego)
Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). (Foto: Divulgação/Codego)

Um sinal vermelho se acendeu para a economia de Anápolis. A cidade, que por décadas ostentou o posto de segunda maior força econômica de Goiás, despencou para a quarta posição no ranking estadual do Produto Interno Bruto (PIB), conforme revelam os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (19).

A queda vertiginosa, consolidada em 2023, representa um duro golpe para o município, que se vê agora superado não apenas por Rio Verde, mas também por Aparecida de Goiânia, acendendo um alerta sobre a perda de competitividade e o futuro econômico da região.

A derrocada econômica coincide com a gestão do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos), que assumiu o comando do Centro Administrativo em 2017. Naquele ano, Anápolis ainda mantinha sua posição histórica como o segundo maior PIB do estado, atrás apenas da capital.

Oito anos depois, o cenário é desolador: a cidade não apenas perdeu seu posto, mas viu concorrentes diretos dispararem, levantando sérios questionamentos sobre as políticas econômicas adotadas e a capacidade de atração de novos investimentos durante esse período.

Os números do IBGE são categóricos e expõem a gravidade da situação. Enquanto Rio Verde já havia ultrapassado Anápolis em 2022, consolidando-se com um PIB de R$ 22,3 bilhões em 2023, o golpe mais recente veio de Aparecida de Goiânia.

A vizinha da capital saltou da quarta para a terceira posição no último ano, atingindo um PIB de R$ 20,9 bilhões e empurrando Anápolis, com seus R$ 20,4 bilhões, para um amargo quarto lugar.

O paradoxo cruel é que, embora o PIB de Anápolis tenha crescido nominalmente, a cidade está ficando mais pobre em comparação com seus pares, que crescem em um ritmo muito mais acelerado e, portanto, enriquecem.

Essa nova realidade econômica impõe um desafio gigantesco para Anápolis. A perda de postos no ranking do PIB não é apenas uma questão de estatística, mas reflete diretamente na capacidade de geração de emprego e renda.

A cidade, conhecida por sua vocação industrial e logística, agora enfrenta a tarefa urgente de reverter essa tendência de declínio.

O crescimento anêmico, que a faz ficar para trás enquanto outras enriquecem, ameaça a qualidade de vida da população e o futuro do município, que corre o risco de ver sua relevância econômica diminuir ainda mais no cenário estadual.

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Danilo Boaventura

Danilo Boaventura

Jornalista graduado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), pós-graduado em Docência em Comunicação pela Faculdade Cidade Verde (PR) e mestrando em Marketing Político pela Universidad del Salvador, de Buenos Aires.

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