As marcas cruéis que a Covid-19 deixou em Anápolis em apenas cinco meses
Levantamento mostra dados que contam um pouco dos efeitos da doença na população anapolina

Dia 16 de março. Esta é a data em que Anápolis confirmou o primeiro caso de Covid-19 no município.
Desde então, muita coisa mudou. O único caso, que tanto assustou os moradores na época, já se juntou a outros 6 mil, em pouco mais de cinco meses vivendo em meio a pandemia.
O número de pacientes aumentou de forma exponencial, em uma crescente tão forte que até a identificação e divulgação diária dos casos se tornou complicada.
Através da plataforma de acompanhamento da Prefeitura, é possível visualizar alguns dados que contam um pouco dos efeitos do novo coronavírus na população anapolina.
Recuperação
Por exemplo, dos 6.778 casos confirmados no painel da Covid até o momento desta publicação, 4.052 já cumpriram os procedimentos de saúde recomendados e foram liberados da quarentena.
Esse percentual representa 60% do número total.
Os outros 40% se dividem em três cenários: pessoas que ainda cumprem a fase de isolamento domiciliar para evitar o contágio de novas pessoas, pacientes que estão internados nas unidades de saúde ou, infelizmente, as vítimas que não resistiram às complicações da doença e faleceram.
Óbitos
São 149 mortes registradas desde o início da pandemia, até às 15h50 desta terça-feira (18), com uma predominância de vítimas do sexo masculino. Isso porque 62% das fatalidades confirmadas na cidade são referentes a homens.
É comprovado cientificamente que a Covid-19 possui maior letalidade em pacientes com idade mais avançada. Essa constatação fica bastante clara ao se analisar os dados de Anápolis.
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Dos 149 óbitos, mais da metade são de pessoas com 70 anos ou mais – 53% mais precisamente.
Ressaltando que essa porcentagem não aborda toda a população idosa (que é contabilizada a partir dos 60 anos), apenas aquelas com mais de 70.
Incluindo também as vítimas da faixa etária abaixo, o número de mortes chega a 114, ou seja, 76% das pessoas que morreram pela doença na cidade eram idosos – avôs e avós, pais e mães que se perderam em meio às estatísticas.
É um dado preocupante, que ressalta a importância de preservar a integridade e segurança das pessoas no grupo de risco.
Progressão da doença
Outro dado importante e que deve ser pensado é o da média de idade dos contaminados.
Atualmente, a média é de 40 anos. Há cerca de um mês, era de 39 anos, conforme levantamento feito pela reportagem do Portal 6.
Pode parecer pouco, mas o valor mudou em apenas um mês, além do fato de que centenas de casos foram contabilizados para resultar na crescente da média.
Como já destacado, o vírus é mais perigoso em pacientes com maior idade e o aumento na média justamente em meio ao pico de casos pode se tornar um cenário preocupante.
Até porque, conforme o vírus avança e mais pessoas se contaminam, maior é a chance de novos pacientes aparecerem, contribuindo para um ciclo de contágio que traz diversas ameaças, inclusive à integridade do sistema de saúde do município.