Com medo da morte do filho, idosos de Anápolis já haviam depositado R$ 41 mil aos bandidos
Polícia Civil, que já sabe de onde veio a ligação, detalhou como o casal foi enganado e evitou a transferência de mais R$ 130 mil
A Polícia Civil informou no final da tarde desta segunda-feira (15) que o casal de idosos de Anápolis, que não tiveram seus nomes divulgados, e foram vítimas de “sequestro virtual”, chegou a depositar R$ 41 mil aos golpistas e estavam prestes a transferir mais R$ 130 mil.
O Grupo Antissequestro da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), no entanto, conseguiu localizá-los a tempo de não fazerem a nova operação bancária.
Segundo o delegado Kleyton Manoel Dias, responsável pelo caso, os idosos receberam telefonemas dos bandidos na última sexta-feira (12) afirmando que haviam sequestrado o filho deles. Em seguida, os ‘sequestradores’ determinaram que o casal transferisse valores para uma conta bancária e se isolasse em um hotel de Goiânia.
“Os criminosos determinavam todos os passos dos idosos, proibindo-os de manter contato com qualquer pessoa, alegando que, caso não fossem obedecidos, matariam o rapaz sequestrado. Mas a verdade é que o filho das vítimas não estava sequestrado”, contou.
O filho único do casal, que mora em Brasília, denunciou a situação à Polícia Civil no sábado (13) depois de não conseguir falar com os pais. Desde então, o Grupo Antissequestro passou a monitorar o caso, até conseguir na manhã desta segunda entrar em contato com os golpistas.
O delegado revelou ainda que um policial se passou pelo filho dos idosos e identificou os bandidos e as contas em que eles receberam o dinheiro do resgate
“Já rastreamos as contas bancárias pelas quais o dinheiro percorreu, já sabemos os donos das contas e que esse dinheiro já foi sacado na boca do caixa no Rio de Janeiro e no Paraná. Agora as investigações vão prosseguir para identificar essas pessoas que estavam nas ligações, que foram feitas de dentro de presídios do Rio de Janeiro, extorquindo e ameaçando de morte o casal e o filho deles”, finaliza Kleyton Manoel Dias em entrevista ao O Popular.