Primeira mulher trans a participar do Miss Brasil Mundo é anapolina e tem história emocionante

"Muitas meninas trans, assim como eu, têm medo de se arriscar. Estou aqui para mostrar que é possível", disse a modelo

Caio Henrique Caio Henrique -
(Foto: Reprodução/ Instagram)Primeira mulher trans a participar do Miss Brasil Mundo é anapolina e tem história emocionante
(Foto: Reprodução/ Instagram)

Esta quinta-feira (19) marca a data da realização de um dos principais concursos de beleza do país.

Se trata do Miss Brasil Mundo, que caminha para a 61ª edição do tradicional evento, que está programado para começar às 18h30.

Por conta da pandemia da Covid-19, não haverá torcida presencial e a transmissão será feita de maneira remota, através das redes sociais do concurso.

Para deixar o evento ainda mais especial, uma candidata anapolina está concorrendo ao cobiçado prêmio.

A modelo Rayka Vieira tem 26 anos e, além de ser a representação goiana na disputa, também é a primeira mulher trans a participar do Miss Brasil Mundo.

Ela briga pela coroa e também pela oportunidade de concorrer ao título de Miss World, que vai ser disputado em dezembro, no Caribe.

História

Desde pequena, Rayka se encantava por roupas e sapatos femininos e sempre chorava em frente ao espelho quando tinha de cortar o cabelo.

Quando completou 15 anos já não suportava viver com a identidade com a qual havia nascido e se assumiu para começar a transição de gênero.

Rayka tem uma irmã que também é transexual e as duas sempre foram bem aceitas e respeitadas pela família.

“Agradeço a Deus todos os dias por eles, pois sem minha família eu não sei onde estaria. Talvez, o meu destino fosse o mesmo de muitos outros adolescentes que conhecemos, que são expulsos de casa e ficam sem família, sem emprego, às vezes sem ter o que comer”, relatou em entrevista à Folha de São Paulo.

Agora, o objetivo da modelo é servir de exemplo para que outras pessoas não desistam de fazer aquilo que sonham.

“Você pode ser tudo o que quiser. Abrace as oportunidades que a vida trouxer. Muitas meninas trans, assim como eu, têm medo de se arriscar, estou aqui para mostrar que é possível”, concluiu.

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