Apesar de números positivos, mercado sofre para preencher vagas em Goiás

Ao Portal 6, especialista explica motivos que dificultam a contratação e dá dicas para inserção conseguir ocupação

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Apesar de números positivos, mercado sofre para preencher vagas em Goiás
Mercado de trabalho sofre para inserir novos profissionais e encontrar mão-de-obra qualificada. (Foto: Reprodução)

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontou que Goiás gerou mais de 750 mil empregos com carteira assinada em 2021.

Por outro lado, foram 643 mil desligamentos no ano que se passou, existindo um saldo positivo de 107 mil pessoas a mais que conseguiram vagas de trabalho.

Apesar dos indicadores apontarem para um cenário otimista, ainda há uma percepção contraditória no estado: ao mesmo tempo em que muitas oportunidades são geradas, há uma queixa de falta de vagas para trabalhar.

Além disso, por outro lado, semanalmente as agências de emprego do Sistema Nacional de Emprego (Sine) ofertam milhares de cargos para serem preenchidos em cidades como Goiânia, Aparecida e Anápolis.

O Portal 6 conversou com a diretora da A3 Consultoria, Anita Luzine, para entender esse complexo cenário de contratações e desemprego enfrentado em Goiás.

A especialista destacou dois principais fatores que constroem esse contexto contraditório. O primeiro deles é a busca por mão de obra cada vez mais especializada por parte das empresas, que estão se tornando mais enxutas.

“Com as crises recentes e incertezas pela frente, os empregadores estão reduzindo seus negócios e procurando pessoas envolvidas de forma melhor com o que vai executar”.

“Porém, muitas vezes ele não encontra uma pessoa que atenda às exigências, o que acaba sendo um processo demorado, levando mais tempo”.

Por outro lado, Anita destacou que o trabalhador qualificado pode até ser encontrado, mas muitas vezes a remuneração é abaixo das expectativas e necessidades dele.

“O colaborador pode preferir ficar em casa do que ir para um emprego que gera problemas ou custos maiores do que ele pode lidar e não enxerga que aquilo vale à pena”, explicou.

Outro tipo de caso que pode acabar dificultando a entrada dessa mão de obra no mercado de trabalho é a falta de experiência prática na área, apesar do trabalhador ter uma qualificação teórica na área.

Uma das soluções apontadas pela diretora de consultoria para quem está em busca de emprego foi procurar vagas “menores” e ir crescendo dentro do mercado de trabalho, procurando se qualificar seguindo um planejamento e atingir os objetivos profissionais.

CAGED

Com base nos dados divulgados pela plataforma do Caged, o Portal 6 levantou as seis cidades que mais geraram empregos de carteira assinada no ano que se passou.

Goiânia aparece em primeiro lugar, com saldo positivo de 35,2 mil. Na sequência, vem Anápolis, com saldo positivo de 7,5 mil vagas preenchidas.

Na região metropolitana da capital, Aparecida foi a terceira maior geradora de empregos ro estado, com dado positivo de 5,1 mil.

Rio Vede, cidade no Sudoeste Goiano, aparece com 3,1 mil funcionários.

Fechando a lista, estão os municípios de Catalão (16 mil admissões e 13 mil desligamentos, com saldo de 3,4 mil) e Itumbiara (15,8 mil contratações e 14,1 mil demissões, com saldo de 1,6 mil), localizados no Sul de Goiás.

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