UFG desenvolve e quer vender tecnologia de testes para varíola dos macacos

Coordenadora da pesquisa revela ao Portal 6 que equipe tem reuniões marcadas com o poder público para viabilizar exame

Emilly Viana Emilly Viana -
UFG desenvolve e quer vender tecnologia de testes para varíola dos macacos
Testes foram desenvolvidos em apenas três semanas. (Foto: Divulgação / UFG)

O teste desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) para a detecção da Monkeypox, ou varíola dos macacos, já possui interessados. Com resultado em 40 minutos, o custo dos reagentes para um exame é o que mais chama a atenção: cerca de R$ 3.

Ao Portal 6, a professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, revela que o poder público está de olho. “Nós temos um diálogo, em fase inicial, em âmbito estadual. Algumas reuniões já foram agendadas para as próximas semanas”, revela.

A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP) e atualmente está em etapa de validação. Agora, o avanço depende de um painel de amostras dos pacientes que deve ser cedido pelas secretarias de saúde.

“Não é fácil conseguir essas amostras, que são de pacientes com suspeitas de Monkeypox. Mas já estamos em tratativas com as pastas e a expectativa é sair nas semanas posteriores”, afirma.

Como os pesquisadores não produzem o teste, mas apenas desenvolvem a tecnologia, ainda não é possível indicar a escala de produção do exame. “Somente os laboratórios, em uma eventual aquisição, saberiam fazer essa estimativa”, aponta.

Processo

O desenvolvimento do trabalho levou três semanas. Neste tempo, os recursos utilizados na elaboração vieram do bolso dos próprios pesquisadores. “Como é uma pesquisa em fase inicial, foram usados recursos próprios. Nós aguardamos um financiamento, mas até agora tudo foi viabilizado da nossa parte”, expõe.

A ideia, segundo a coordenadora, surgiu por necessidade. “Foi parecido com a Covid-19. Vimos a demanda e, como já conseguimos fazer teste para a doença, também tentamos com Monkeypox. Queríamos apresentar um teste rápido, barato e confiável para a população”, conta.

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