Mãe de adolescente suspeito de matar o pai conta detalhes do crime e faz apelo

"Essa morte não foi à toa, não foi em vão, ele fez uma vingança", disse em entrevista ao Portal 6

Pedro Hara Pedro Hara -
Mãe de adolescente suspeito de matar o pai conta detalhes do crime e faz apelo
Hábia Ribeiro, mãe do adolescente suspeito de matar o pai policial civil. (Foto: Reprodução)

Hábia Ribeiro, mãe do jovem de 15 anos suspeito de matar o pai policial civil Aurelino Correa, de 55 anos, falou ao Portal 6 sobre os momentos que antecederam o crime que chocou Anápolis nesta terça-feira (11).

Ela, que é ex-esposa da vítima, também revelou que o adolescente tinha problemas psiquiátricos sérios e estava em estado de fúria.

“Meu filho surtou com uma .40 na mão, uma pistola automática, depois de ter brigado com o pai e o pai ter batido e repreendido. O pai não estava errado. Ele surtou por causa de problemas psiquiátricos, quase esquizofrenia que ele tem. Ele tem um transtorno explosivo crônico, ficou com muita raiva, com muita ira, o pai dele estava jantando. Ele atirou e matou”, contou.

Para a mãe, o que o filho fez foi vingança, pois ele poderia ter dado apenas um tiro e ter matado o pai, mas ele disparou quatro vezes.

“Essa morte não foi à toa, não foi em vão, ele fez uma vingança. Pra matar só precisa um disparo, ele deu quatro”, revelou.

Hábia também contou como teriam sido as ações do filho após os disparos e como o corpo foi encontrado na vala da Ambev, na BR-060.

“Além de tudo roubou as joias, as coisas da casa do pai com ele já morto, jogou o pai no porta-malas do carro e levou pra BR, correu a 150 ou mais por hora. Quem ensinou ele a dirigir foi o pai dele e ele mesmo levou o corpo no porta-malas todo ensanguentado, jogou na vala na beirada na Ambev, de Anápolis para Abadiânia”, relatou.

“Ele levou o carro, vendeu as coisas roubadas, usou drogas e queimou o carro, acabou com o carro, pôs fogo nas provas. O crime foi com requintes de crueldades, ele matou, ocultou o cadáver e queimou as provas”, completou.

A mãe também conta que quase foi presa junta com o filho, pois a polícia suspeitou que ela estava escondendo o adolescente em casa.

“Ele simplesmente entrou na minha casa para tomar um banho, e eles falaram que eu tinha que ter entregado ele pra polícia. Eu não entreguei porque não tinha nem carregador, meu celular estava descarregado”.

A mãe ainda fez um apelo aos jovens. Segundo ela o uso de drogas, combinada com jogos violentos, foi o que provocou a tragédia familiar.

“Eu quero fazer um apelo aos jovens para não jogar o Free Fire, para não usar drogas, para não beber e obedecer aos pais. Eu peguei o meu filho todo ensanguentado que tinha acabado de matar o pai, pedir encarecidamente para os jovens ouvir os pais, pra não usar cocaína, álcool, maconha, porque foi isso que fez acontecer a tragédia”, pediu.

Pedro Hara

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