Dr. Dalmo Jacob do Amaral deixa um legado em Anápolis e grandes ensinamentos para nós

Com mais de 80 anos trabalhou durante todo período da recente pandemia porque a medicina foi sua missão. Cuidar dos seus pacientes era prioridade, mesmo significando risco para sua própria vida

José Fernandes José Fernandes -
Dr. Dalmo Jacob do Amaral deixa um legado em Anápolis e grandes ensinamentos para nós
Dr. Dalmo Jacob do Amaral. (Foto: Reprodução)

Há poucos dias, o Dr. Dalmo Jacob do Amaral morreu aqui em Anápolis no hospital em que trabalhou por 54 anos. Médico clínico/homeopata, era casado e pai de quatro filhos. Com mais de 80 anos trabalhou durante todo período da recente pandemia porque a medicina foi sua missão. Cuidar dos seus pacientes era prioridade, mesmo significando risco para sua própria vida.

Tive o privilégio de trabalhar no mesmo hospital que o Dr. Dalmo. Sempre muito discreto. Quero narrar uma experiência que tive com ele. Seu filho Fabrício (in memorian) chegou no pronto-socorro com uma fratura exposta na mão. Eu fui o cirurgião. A cirurgia foi um sucesso e próximo a mim estava o Dr. Dalmo, que se manteve muito tranquilo. Alguns anos mais tarde seu filho, e nosso paciente, morre. Acredito ser o episódio mais triste da vida do pai.

Que lição tive? Foi a de que quanto mais entendemos sobre um assunto, quanto mais a gente conhece uma causa, menos a gente fala e mais a gente pensa.

Essa foi a chave que aprendi com Dr. Dalmo naquele dia.

Quero ir além!

Temos que construir um nível de inteligência emocional e consciência expandida para entendermos a morte como uma etapa da vida. Sempre vamos chorar e sofrer com a morte de alguém querido, mas não podemos ficar paralisados e nos perder até com as coisas mais doloridas da vida.

A dor quando chega largamos os outros problemas e ela passa a ser prioridade. A dor da morte, da doença, da traição e tantas outras. Mas quando temos uma consciência expandida dificilmente isso nos travará.

Vou sugerir três dicas práticas para atingirmos o nível diferenciado e de excelência como seres humanos. Hoje enxergo isso bem mais nítido com a morte do Dr. Dalmo:

1) Não paralise sua vida, mesmo que sinta a dor da morte;

2) Leiam bons livros. A leitura é insubstituível e expande nossas “janelas da vida”;

3) Ande com pessoas inteligentes. O nosso comportamento se modela ao lado dessas pessoas.

Por fim, quando aumentamos o nível de consciência/inteligência, melhoramos nossas escolhas e ficamos mais assertivos em nossas decisões. Aprendemos o que falar e o momento certo de falar.

Meus pêsames à família Jacob Amaral. É isso!

José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo MDB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.

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