Homenagem de alunos de medicina da PUC Goiás é confundida com apologia à Ku Klux Klan

Símbolo, contudo, representa os farricocos, personagens da tradicional Procissão do Fogaréu

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Homenagem de alunos de medicina da PUC Goiás é confundida com apologia à Ku Klux Klan
Símbolo da Procissão do Fogaréu foi confundido com grupo racista americano. (Foto: Montagem/Reprodução/Agência Brasil)

Após ter decidido homenagear a Procissão do Fogaréu, tradição que acontece todos os anos na cidade de Goiás, a Atlética de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) vem recebendo inúmeros ataques. Acontece que o símbolo da bateria está sendo confundido com o da Ku Klux Klan (KKK), organização terrorista e racista dos Estados Unidos.

Lorena Tassara, membro da Caótica, revelou ao Portal 6 que a resistência com a logo adotada vem desde 2020, no entanto, a situação começou a ficar mais delicada neste ano, quando entraram na Liga Nacional de Baterias Universitárias (LNBU).

“Esse questionamento em torno do farricoco se assemelhar a figura do Ku Klux Klan já vem de um tempo para trás. Mais ou menos em 2020, teve um episódio que alguns coletivos negros entraram em contato com a bateria para falar, mas não foram ataques. Aí nós mostramos nas redes sociais publicações até mesmo de professoras da faculdade explicando que o farricocos era da procissão”, afirmou.

“Aí esse ano as coisas voltaram à tona quando a gente entrou na liga das baterias universitárias e quando eles postaram nossa logo no Instagram da liga, que envolve vários eventos universitários, principalmente na região Sudeste, começaram os ataques”, completou.

Acusando a atlética de racismo, pessoas de todo o território brasileiro utilizaram o Instagram para atacar a bateria por causa da logo, utilizando até mesmo de comentários xenofóbicos.

“Centro Oeste, né? O que esperar dos malucos da região que faz sertanejo. Nada de bom pode vir de lá”, pontuou uma internauta.

Diante dos ataques constantes, os membros da atlética elaboraram uma nota de esclarecimento para explicar que não possuíam qualquer ligação com a KKK, além de decidirem se desvincular da logo que homenageava o farricocos para que não houvesse prejuízos maiores.

 

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À reportagem, Juarez Caixeta, presidente da bateria, ainda destacou que a “caótica repudia qualquer tipo de preconceito, inclusive os que vem acontecendo contra a cultura do estado de Goiás”.

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