Especialista explica como ataques e ameaças alteram rotina escolar em Anápolis

Mais impactados são os alunos, que podem ter a concentração e obtenção de novos conhecimentos prejudicados

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Mensagem deixada no banheiro da Escola Municipal Pedro Ludovico Teixeira. (Foto: Reprodução)
Mensagem deixada no banheiro da Escola Municipal Pedro Ludovico Teixeira. (Foto: Reprodução)

Recentes ameaças de massacre que ocorreram em Anápolis na última semana, assim como os ataques em outras regiões do país, como a tragédia que ocorreu em Blumenau (SC) nesta quarta-feira (05), fez com que acendesse um alerta nas escolas da cidade, causando reflexos em toda rotina escolar.

Ao Portal 6, a Psicopedagoga e Psicanalista, Deniza Leitte, explicou que em situações intimidadoras, até mesmo quem não foi vítima direta pode ser impactado – considerando toda a comunidade escolar.

O que é para ser um local seguro, torna-se uma incógnita e que pode desenvolver problemas psicológicos e emocionais.

“Infelizmente, dada a vulnerabilidade diante dos ataques e pelo fato das escolas serem locais onde o fluxo de pessoas é grande e pode comprometer a qualidade de segurança do lugar, pode ocorrer em alguns indivíduos o estado de hipervigilância, pensamentos intrusivos, irritação, dificuldade para concentrar, de dormir e sintomas mais graves de ansiedade, sendo prejudicial nesta relação ensino/aprendizagem”, analisa.

Dentro das salas de aula, o impacto atinge mais frequentemente os estudantes, prejudicando a concentração e até mesmo a obtenção de novos conhecimentos. Já os pais, ficam entre a cruz e a espada, se sentido impotentes.

“Sabem que seus filhos precisam ir à escola – mas ao mesmo tempo precisam lidar com as incertezas, isso é torturante e assustador. Os pais ficam expostos a muito estresse e preocupações”, destacou a psicopedagoga.

Deniza ressalta que não é fácil identificar pessoas que possam se tornar possíveis ameaças, mas é importante que todos ao redor se mantenham atentos a pequenos detalhes.

Assim, caso um aluno mude repentinamente de comportamento e comece a se isolar e ficar muito estressado, é importante buscar por uma ajuda psicológica.

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