Ouça o áudio que a mãe enviou para familiares após envenenar a filha de 4 anos

“Agora são 09h26, até 09h50 ele pode pegar ela viva. Se não vier antes, não tenho mais nada a ver com isso”

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Unidade de Pronto Atendimento´(UPA), em Valparaíso de Goiás.
Unidade de Pronto Atendimento´(UPA), em Valparaíso de Goiás. (Foto: Reprodução/ Google Street View)

Momentos depois de envenenar a própria filha, de apenas 04 anos, a mãe da criança, de 25 anos, enviou um áudio para familiares dando um “horário-limite” para que a menina fosse socorrida ainda com vida. O caso aconteceu na terça-feira (20), em Valparaíso de Goiás e teria sido motivado pelo fim de um relacionamento.

Na gravação obtida com exclusividade pelo Portal 6, a mulher revela estar com a menor em um matagal, próximo a um poço. Inclusive, enquanto enviava o conteúdo, a criança chora e ela ordena, de maneira rude, que a criança ‘cale a boca’.

“Josileni, você avisa pro Diego que eu estou aqui no meio de um matagal. Aqui tem um poço mais ou menos uns… não sei medir por metragem. Para de chorar, cala a boca [diz para criança]”, afirma.

Na sequência, ela reitera a localização e ameaça afirmando que caso a criança não fosse resgatada até um determinado horário, a menina poderia não ser encontrada com vida.

” […] Agora são 09h26, até 09h50 ele pode pegar ela viva. Se não vier antes, não tenho mais nada a ver com isso”, destacou.

Conforme apurado pelo Portal 6, após o término de um relacionamento, a mulher resolveu descontar a frustração em si mesma e na própria filha, tentando um envenenamento por remédios.

Na ocasião, ela havia obrigado a criança a ingerir medicamentos de tarja preta, conhecidos por causar riscos à saúde e surtos psicóticos, em uma quantidade de, no mínimo, 15 unidades.

Não o bastante, a mãe da menina ainda ingeriu a mesma dosagem de remédios e, posteriormente, levou a vítima até uma mata, com o intuito de matá-la.

A situação só não foi mais grave porque a avó da criança, de 44 anos, recebeu uma ligação da suspeita alertando sobre o crime. Com a informação, a matriarca conseguiu localizar a neta, levá-la até a BR-040, onde entrou em contato com a concessionária que gere a via.

A menina foi levada até o Centro de Atendimento Integrado de Saúde (Cais) no município apresentando vômitos e taquicardia. Ela passou por procedimentos médicos e não corre risco de morte.

Já a mãe da criança, foi levada até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no Parque Marajó, onde segue hospitalizada até o momento.

Em depoimento, a avó da criança afirmou que a filha já apresentou surto psicótico em outras ocasiões, chegando a ser internada em um hospital psiquiátrico de Anápolis. Esta seria a quarta tentativa dela em tirar a própria vida.

 

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