“O que me sustentou foi acreditar que Deus tinha um propósito”, diz Mariana Perdomo após polêmica de envenenamento
Proprietária relatou que a marca sofreu muito com a situação: "investimos R$ 300 mil somente nas embalagens de Natal"
“O meu chão caiu”, afirmou Mariana Perdomo sobre o momento em que recebeu a notícia da primeira morte de um cliente, nesta segunda-feira (18). A dona da Perdomo Doces foi informada que um produto da doceria poderia ter causado a fatalidade, o que iniciou uma série de eventos que impactaram a empresa, assim como todos os colaboradores.
Em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (21), Mariana afirmou que o coração, atualmente, está em paz. Isso porque a Polícia Civil (PC) identificou, na quarta-feira (20), quem seria a real responsável pelas duas mortes que se deram no início desta semana, de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86 anos.
Na ocasião, ela informou que recebeu a notícia de um integrante da família das vítimas de uma suposta intoxicação ainda no domingo, antes da morte de mãe e filho. “Eu tentei tomar as medidas que cabiam a mim no momento, que foi retirar o lote da foto que recebi”.
Em seguida, ela acionou a Vigilância Sanitária para realizar a fiscalização. No entanto, rapidamente a notícia se espalhou, deixando a loja deserta na época mais importante do ano para a empresa.
“Nossa loja ficou completamente vazia, tivemos uma equipe totalmente abalada. São 200 colaboradores diretos que ficaram preocupados em como sustentar as famílias”. Somente nas embalagens personalizadas de Natal, o prejuízo foi de R$ 300 mil.
“Eu me sinto ainda mais vulnerável. O trabalho que a gente faz durante uma vida pode ir para o lixo em segundos por causa de redes sociais”, destacou. Apesar das dificuldades, a empresária contou com a fé para manter a doceria funcionando.
“Quando você tem 200 colaboradores dependendo de você, você não pode cair. (…) O que me sustentou foi acreditar que Deus tinha um propósito nisso tudo”, disse.
“Essa é a nossa melhor semana do ano. O impacto foi muito grande, mas não se compara a perder uma vida”, finalizou.