Capitão do Corpo de Bombeiros explica como evitar e agir em afogamento de criança

Diversas medidas de segurança podem ser implementadas para evitar tragédias

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Capitão do Corpo de Bombeiros explica como evitar e agir em afogamento de criança
Imagem mostra bombeiros resgatando o corpo. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Todos os dias, quatro crianças perdem as vidas em acidentes de afogamento. Essa é a principal causa de morte no país entre as idades de 01 e 04 anos. Os dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), no entanto, aumentam ainda mais no período de férias.

A estatística se explica pela facilidade em que um acidente pode ocorrer, sendo necessário apenas 2,5 cm de água para causar uma morte. Com isso, ao Portal 6, o Capitão Licurgo Winck, do Corpo de Bombeiros, destacou quais são os cuidados a se tomar para evitar tragédias e como agir perante um acidente.

“É fundamental que um adulto responsável tenha 100% de atenção e visualização sobre uma criança ou bebê. Ela nunca pode estar sozinha”, apontou. Além de ver a criança, ainda é preciso estar a um braço de distância, no máximo.

Tal medida previne que a criança afogue antes que um adulto a alcance. “Em questão de segundos, minutos, ela pode se afogar”.

Outro ponto importante é de colocar um colete salva-vidas adequado ao tamanho e peso da criança, com certificação da conformidade técnica. “Muitas vezes, pais colocam colete grande, sendo que, se for um pouco maior, não vai surtir efeito” explicou o capitão.

Além disso, a estrutura onde se comporta a água também deve ser preparado para receber a criança. Ambiente mais comum de se ter acidentes fatais, a piscina deve ser cercada com tranca de modo a impedir a entrada de pequenos curiosos.

Os ralos também devem ser alterados para que sejam antissucção e a piscina precisa ter um dispositivo de desligamento da bomba. “A criança pode ficar presa enquanto brinca, então é necessário que a sucção seja rapidamente interrompida nesses casos”.

Ainda assim, o capitão destaca a necessidade de saber agir perante um acidente. Dividido em seis graus, o afogamento inicial, em que a criança apresenta apenas tosse, pode ser impedido deixando a vítima deitada de lado para que ela possa expelir a água.

A partir do segundo grau, quando ela apresenta espuma na boca ou nariz, indicando que já existe uma congestão pulmonar, é necessário acionar o Corpo de Bombeiros por meio do número 193.

Caso o afogamento tenha resultado em uma parada respiratória, o capitão aponta que é necessário uma manobra de reanimação, que pode ser realizada por pessoas que se capacitaram em cursos especializados, enquanto aguardam o socorro.

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