“Me sinto preparado”, diz Kim Abrahão sobre candidatura do Novo à Prefeitura de Anápolis
Ex-secretário de Esporte também acredita que o partido fará ao menos duas cadeiras na disputa pela Câmara Municipal
Prestes a disputar a primeira eleição em Anápolis, o Novo tem planos audaciosos de conquistar pelo menos duas cadeiras na Câmara e ‘mostrar valor’ na disputa pela Prefeitura.
Esta pelo menos é a expectativa de Kim Abrahão, pré-candidato do partido ao Centro Administrativo. Ao ‘6 perguntas para‘ desta semana, o ex-secretário de Esportes da primeira gestão Roberto Naves (Republicanos) afirma que o trabalho do partido começou bem antes e pode se refletir no pleito deste ano.
Ele também faz um balanço do período em que esteve à frente da pasta, entre 2018 e 2020, e lamenta que hoje ela seja apenas uma diretoria.
Crítico do uso de recursos públicos na política, o Novo se rendeu pelo menos a ideia de que pode usar os reduções do fundo eleitoral para apresentar melhor a plataforma do partido
6 perguntas para Kim Abrahão
1. Você foi secretário de Esportes na primeira gestão de Roberto Naves e sempre teve uma atuação muito elogiada. A pasta não existe mais e a categoria na cidade se vê abandonada. Eles têm razão?
Sim. Enquanto secretário de esportes (2018-2020), mesmo com um orçamento limitado, fizemos uma verdadeira revolução esportiva, aproveitando toda a equipe da secretaria da época, composta por profissionais competentes, sérios e dedicados ao trabalho em equipe.
Anápolis é uma cidade de destaque no cenário esportivo nacional, abrangendo diversas modalidades. Reconhecemos a importância dos investimentos nessa área, não apenas pelo desenvolvimento esportivo, mas também pelo papel fundamental do esporte na transformação social. O esporte é uma ferramenta poderosa para gerar oportunidades, manter jovens e crianças longe das drogas e promover a inclusão social.
Durante nossa gestão, buscamos promover o esporte em todas as suas formas, desde a iniciação até o rendimento, visando viabilizar um amplo desenvolvimento das manifestações esportivas no município e garantir sua representatividade.
Fortalecemos parcerias com o Executivo, o Legislativo, entidades e federações esportivas para a realização de competições nacionais e internacionais em diversas modalidades, como automobilismo, futebol, basquete, voleibol, handebol, futsal, judô, karatê e skate. Além disso, demos apoio ao futebol varzeano, valorizando o esporte em suas diferentes expressões e segmentos.
Revitalizamos todos os espaços esportivos da cidade, reconhecendo sua importância não apenas para os atletas de alto rendimento, mas também para toda a comunidade. Infelizmente, após a extinção da secretaria em 2020, que se transformou em diretoria, a prioridade não foi mais o esporte. Hoje, enfrentamos desafios, como a falta de incentivo ao esporte de alto rendimento e o distanciamento dos líderes esportivos para a realização de competições. Além disso, é preocupante constatar que não temos sequer um ginásio em condições de uso adequadas.
Portanto, é essencial reconhecer a importância do esporte não apenas como uma atividade física, mas como um instrumento de transformação social e de promoção do bem-estar e da saúde física e mental da população. O investimento no esporte não só contribui para o desenvolvimento de talentos esportivos, mas também para a construção de uma sociedade mais saudável, inclusiva e harmoniosa.
2. O Jonas Duarte tem jeito?
O Estádio Jonas Duarte desempenha um papel fundamental no cenário esportivo de Anápolis, sendo uma peça central para o futebol local. No entanto, sua importância vai além do esporte, pois pode se tornar um importante espaço para programas sociais voltados para crianças e jovens da comunidade.
Durante minha gestão como secretário de esportes (2018-2020), reconhecemos a necessidade de revitalizar o estádio para que pudesse atender não apenas às demandas esportivas, mas também para se tornar um centro de atividades sociais e comunitárias. Trabalhamos em conjunto com o poder público para resgatar o estádio, realizando uma nova pintura e revitalizando o vestiário e o gramado por meio da contratação de uma empresa especializada. Além disso, participamos ativamente do projeto de construção da nova arquibancada do JD.
Após uma década, as obras de revitalização do estádio estão próximas da conclusão. Essa iniciativa não só trará mais conforto aos torcedores e melhores condições para os clubes de futebol, mas também abrirá espaço para a implementação de programas esportivos e sociais destinados às crianças e jovens da comunidade.
É essencial reconhecer que o estádio não deve ser apenas um local para eventos esportivos, mas também um centro de integração comunitária. Com a devida organização e investimento, o Estádio Jonas Duarte pode oferecer uma variedade de programas, como escolinhas de futebol, atividades recreativas, eventos culturais e sociais, promovendo assim o desenvolvimento físico, mental e social dos jovens da região.
Portanto, a revitalização do Estádio Jonas Duarte não só contribuirá para o fortalecimento do esporte local, mas também para o bem-estar e o desenvolvimento da comunidade como um todo, especialmente das crianças e jovens que encontrarão no estádio um espaço seguro e inspirador para seu crescimento e desenvolvimento pessoal.
3. Essa será a primeira eleição que o Novo disputará na cidade. Qual o tamanho do partido hoje na cidade em Anápolis?
O Partido Novo é, de fato, uma novidade não apenas em sua formação, mas também em sua atuação política. Nossa fundação remonta ao final de 2015, e desde então temos demonstrado nossa capacidade e influência. Contamos com governadores, senadores, prefeitos, deputados federais, estaduais e vereadores em nosso quadro. Este ano, estamos projetando um crescimento exponencial em todo o Brasil.
Não acredito em político profissional; acredito em profissionais na política, indivíduos comprometidos em contribuir para o bem da cidade e melhorar a vida das pessoas de maneira duradoura. Esse é meu objetivo, e é por isso que estou no Partido Novo.
4. Quantas cadeiras o Novo vê em condições de conseguir na eleição?
Em Anápolis, embora esta seja a primeira eleição do Novo na cidade, nosso trabalho começou muito antes. O Partido Novo está firmemente estabelecido em Anápolis, e estamos confiantes de que conquistaremos, no mínimo, duas cadeiras para vereador, além de demonstrar nosso valor na disputa majoritária.
Fui escolhido pelo grupo como pré-candidato a prefeito e me sinto preparado para esse desafio. Assim como o Governador Zema em MG e Adriano Silva em Joinville, representamos uma alternativa fora da política tradicional, comprometida em ser parte da solução e fazer a diferença.
5. Usarão o fundo partidário ou eleitoral no pleito?
Somos totalmente contra o uso de recursos públicos em campanhas políticas, pois entendemos que o Brasil enfrenta muitas carências na saúde, na educação, no saneamento básico e deveria, portanto, priorizar essas demandas muito mais importantes do que o financiamento de campanhas. Seremos sempre contrários a essa prática e vamos lutar para mudá-la, utilizando as ferramentas do sistema para desafiá-lo.
Nos últimos anos, devolvemos mais de R$ 130 milhões de reais, pois acreditamos nesse princípio e respeitamos nossas convicções e os trabalhadores que pagam por tudo isso.
Desconheço outro partido ou entidade que tenha feito esse gesto no mundo. No entanto, mesmo com nosso exemplo e campanha de conscientização, o eleitorado não deu o devido valor a isso, o que nos coloca em uma grande desvantagem. No Brasil, ainda não há uma cultura de doação para campanhas políticas para defender ideias, e até mesmo a legislação limita essa prática. Quando começamos a levantar essa bandeira contra a utilização de recursos públicos, a legislação eleitoral era outra, assim como o orçamento, que não ultrapassava 2 bilhões de reais. Hoje, são quase 6 bilhões, tornando o Brasil o país que mais gasta dinheiro público em campanhas no mundo. Isso é um absurdo, contra o qual vamos lutar incessantemente!
Portanto, vamos utilizar os recursos para viabilizar a campanha de nossos candidatos e fortalecer nossas ideias. Temos convicção de que só conseguiremos mudar esse cenário quando tivermos uma participação mais relevante nas casas legislativas. Nosso foco é ocupar espaço para construir o Brasil que queremos.
6. Quais receitas do liberalismo poderiam ser aplicadas em Anápolis para sanar problemas na saúde e educação, por exemplo?
A aplicação dessa corrente na vida pública municipal é o mesmo que dizer que o foco da administração será atender o cidadão, o usuário final dos serviços. Cuidar de quem precisa da prefeitura e não atrapalhar quem não precisa; focar na eficiência e na qualidade do serviço público; é uma gestão formada por técnicos competentes, tornar a máquina pública mais eficiente, promover parcerias público-privadas, desburocratizar ou seja, tornar a vida do usuário da prefeitura mais fácil, digitalizar os serviços, enxugar a máquina pública, promovendo o corte de gastos e privilégios para visando não só sanear as contas públicas, mas diminuir os tributos, os impostos que pesam no bolso do cidadão, do trabalhador, de quem gera emprego e renda; como fez nosso prefeito do Novo, Falcão em Patos de Minas/MG.
Por fim, o liberalismo nos ensina que ninguém precisa reinventar a roda, basta seguir as melhores práticas e os melhores exemplos que deram resultados no mundo, o que claramente não é a nossa realidade por aqui. Foi por isso que resolvi assumir a responsabilidade para fazer diferente, para lutar e valorizar nossa amada cidade de Anápolis e transformar minha indignação em ação. O liberalismo também nos ensina a assumir a responsabilidade; quem se sentir representado está convidado para Renovar com qualidade e para isso não basta mudar só a prefeitura, é preciso renovar a câmara de vereadores com a mesma urgência!