Empresária assassinada em loja de Anápolis já tinha recebido “medidas protetivas”

Concessão era de 12 meses e marido, considerado principal suspeito, estava impedido de entrar em contato por meio das redes sociais

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Imagem mostra Regiane Pires, de 39 anos. (Foto: Reprodução)
Imagem mostra Regiane Pires, de 39 anos. (Foto: Reprodução)

A empresária Regiane Pires da Silva, de 39 anos, assassinada dentro da própria loja de autopeças na tarde de quinta-feira (28) na Avenida São Francisco, no Jundiaí, estava com medida protetiva em vigor deste novembro do ano passado.

O prazo da medida concedida pela Justiça era de 12 meses – mas cinco meses depois ela foi vítima de feminicídio em plena luz do dia num dos bairros mais nobres de Anápolis. O principal suspeito é o marido, fazendeiro, empresário e pai de dois filhos junto com a vítima.

Ele teria entrado dentro da loja, mirado a esposa e fugido em seguida numa Fiat Toro e está sendo procurado pela polícia. Entretanto, conforme o documento expedido pela Justiça, ele não poderia se aproximar em um distância inferior a 300 metros e, inclusive, estava impedido de entrar em contato com Regiane até por meio das redes sociais.

O interior da loja de autopeças foi palco do desfecho da vida da empresária, mas também onde outras discussões e desentendimentos ocorreram.

Em junho do ano passado, o marido teria chegado na loja e logo começado uma discussão. Durante o embate ele teria dito  ‘que iria fazer uma besteira’. Por conta do estado do marido, Regiane chegou a tentar a gravar a situação pelo celular, mas foi impedida por ele e o filho – que presenciava a cena.

Mas dias antes, ela teria sido agredida fisicamente pelo homem. Ela ficou com o seio machucado no local onde teria recentemente colocado uma prótese.

O homem teria ainda feito ameaças e a chamado de ‘puta’, ‘vagabunda’, ‘você não é mulher’, ‘não serve para ser mãe dos meus filhos’.

Regiane era mãe de uma criança, de 07 anos e um adolescente, de 13.

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