6 personalidades goianas que foram sucesso nos anos 90 e os jovens de hoje não conhecem

São vários os nomes que passaram por esse processo de obsolescência, seja por polêmicas envolvendo a carreira, por tragédias ou apenas pela aposentadoria

Samuel Leão Samuel Leão -
Grupo musical goianiense P.O Box. (Foto: Reprodução/CD)
Grupo musical goianiense P.O Box. (Foto: Reprodução/CD)

O cenário de cantores, influencers, atores e celebridades goianas se renova a cada década, com alguns se mantendo em evidência e outros sendo substituídos por novas personalidades. Alguns que, por exemplo, estavam no auge na década de 1990, atualmente sequer são conhecidos por muitos jovens.

Seja por polêmicas envolvendo a carreira, tragédias ou apenas pela aposentadoria, vários nomes de sucesso caíram no esquecimento e se tornaram desconhecidos para o grande público.

Pensando nisso, o Portal 6 preparou uma lista com 6 nomes goianos que já foram muito conhecidos, mas hoje em dia vivem uma espécie de “limbo”.

P.O. Box

Grupo P.O Box. (Foto: Reprodução/CD)

A banda goiana P.O. Box, formada em 1997, virou sucesso nacional com o hit “Papo de Jacaré”. O nome do grupo, dado pelo vocalista Carlinhos, foi em referência ao termo em inglês para caixa postal.

Assim, com a música que trata de um “flerte” com uma garota que estuda inglês, eles levaram alguns termos do outro idioma, em tom bem-humorado, para todos os cantos do país. Recentemente, em 2023, o vocalista do grupo fez uma participação do programa do Faustão na Band, revivendo os dias de glória.

A banda era composta por cinco integrantes, mas, nos dias atuais, Carlinhos é um dos únicos que mantém o legado vivo, organizando “versões remix” e participando de programas diversos.

Léo Jaime 

Léo Dias. (Foto: Reprodução/Instagram)

Mais conhecido pelas gerações atuais pelo trabalho feito em novelas da Globo, como em “Toma Lá, da Cá”, “Caras e Bocas” e “Malhação”, Léo Jaime surgiu pela atuação em outra área. Como cantor, ficou famoso nos anos 1990 por canções como “A Fórmula do Amor” e “As Sete Vampiras”.

Contudo, tempos depois ele se intensificou no mundo televisivo, sendo reconhecido também pela atuação como escritor e jornalista. Em Goiânia, chama a atenção também por ser neto de Antônio Accioly, primeiro dirigente do Atlético Goianiense que, posteriormente, nomeou o estádio do clube.

Recentemente, Léo Jaime fez uma participação no filme “Divertidamente 2”, dublando o personagem que representa a raiva.

Stepan Nercessian

Stepan Nercessian, natural de Cristalina. (Foto: Divulgação)

Outro goiano que partiu para as “telinhas”, Stepan Nercessian tem descendência armênia, já foi sindicalista e até deputado federal pelo Rio de Janeiro pelo Partido Popular Socialista (PPS), que veio a se tornar o Cidadania. Ficou famoso por trabalhar em diversas novelas, filmes e séries globais, fazendo até o papel de Chacrinha em uma minissérie de 2020.

Nascido em Cristalina, no interior de Goiás, já foi considerado um galã global. Além disso, também é escritor, reconhecido pelo livro Garimpo de Almas, e é primo do falecido ator Chiquinho Brandão, que morreu em um trágico acidente de carro durante o auge da carreira, em 1991.

Em junho deste ano, o ator chegou a fazer um apelo nas redes sociais. Em stories, ele pediu mais “likes”, para conseguir seguidores e, consequentemente, atuar em novos papéis, expondo uma crise vivida na carreira de ator.

Túlio Maravilha

Túlio Maravilha. (Foto: Reprodução/Jusbrasil)

Em 2014, aos 44 anos, Túlio Humberto Pereira Costa, conhecido como Túlio Maravilha, alega ter alcançado a marca dos 1.000 gols como jogador de futebol, feito que apenas Pelé e Romário conseguiram até hoje. Apesar desse fato marcante, o ponto alto da carreira do atleta foi nos anos de 1990.

Conhecido pela irreverência, ele marcou a década de 90 com atuações pelo Goiás, Botafogo, Corinthians, Fluminense e Cruzeiro. Em 1995, ele chegou a fazer um gol pela seleção brasileira contra a Argentina, o qual se tornou uma polêmica por iniciar com um domínio no braço.

Apesar de poucos saberem, ele tentou se candidatar a deputado estadual em 2010, mas não foi eleito. Outra curiosidade é o fato dele ter um irmão gêmeo, com o qual, inclusive, dividiu espaço no ataque do Corinthians em 1996.

Wolf Maya

Ator e Diretor Wolf Maya. (Foto: TV Globo)

Atualmente com 70 anos, Walfredo Campos Maya Júnior, natural de Goiânia, ficou mais conhecido como Wolf Maya, se tornando uma das grandes figuras da Rede Globo. Como diretor, ficou famoso por obras como “Senhora do Destino” e “Fina Estampa”.

Apesar de não ser muito reconhecido pelo público em geral, é renomado no meio artístico por ser fundador da escola de atores Wolf Maya, no Rio de Janeiro. Em 2011, foi condenado por injúria racial, cometida contra um técnico de som que trabalhava em um espetáculo teatral.

Leonardo Pareja

Criminoso famoso na década de 90, Leonardo Pareja, (Foto:: Reprodução)

Um nome que pode significar pouco para as novas gerações, mas que, na década de 1990, reverberou pelo cerrado goiano e foi protagonista de um dos maiores escândalos penitenciários do país. Leonardo Pareja era um jovem de classe média-alta de Goiânia que entrou para o mundo do crime.

Assim, a primeira cartada dele foi sequestrar a filha de 13 anos do senador Antônio Carlos Magalhães. O crime ocorreu em setembro de 1995 e gerou um impasse de cerca de 60 horas, com rádios e TVs o acompanhando de perto.

Além de ter ligado para os veículos de comunicação durante o sequestro, corrigindo “erros” de apuração e agindo de maneira zombeteira, ele acabou sendo preso e, dentro da cadeia, liderou uma rebelião que durou 06 dias no antigo Centro Penitenciário de Atividades Industriais do Estado de Goiás (Cepaigo) – na época, a maior penitenciária do estado.

Em meio à confusão, ele protagonizou uma imagem que entraria para a história: subiu no topo da penitenciária com um violão e tocou “Vida de Gado”, de Zé Ramalho, ao lado da bandeira nacional. A aventura acabou com a fuga de diversos presos e com ele saindo tranquilamente pelas ruas de Goiânia, tomando cerveja em um bar e cumprimentando conhecidos – sendo preso em seguida.

Em 1996, detentos o assassinaram dentro do presídio de Aparecida de Goiânia. Um deles foi apontado como José Carlos dos Santos.

Ele, que sairia da cadeia tempos depois, foi condenado e sentenciado a 45 anos de prisão em 2018. No entanto, ele ficou foragido até 2023, sendo preso em Anápolis.

 

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