Jovem que matou vigilante enquanto dirigia carro de luxo é denunciado por homicídio doloso

Documento do MPGO alega que crime foi cometido por meio cruel, uma vez que condutor não socorreu vítima

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Jovem que matou vigilante enquanto dirigia carro de luxo é denunciado por homicídio doloso
Motorista suspeito de atropelar o vigilante foi identificado como Antônio Scelzi Netto, de 25 anos. (Foto): Reprodução)

Dois meses após o vigilante Clenilton Lemes Correia morrer atropelado por um carro de luxo, o Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou na segunda-feira (12) o motorista Antônio Scelzi Netto, de 26 anos, por homicídio doloso. O acidente aconteceu na madrugada no dia 09 de junho, na Go-020, próximo ao Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia.

O documento foi assinado pelo promotor de Justiça e titular da 29ª Promotoria de Goiânia, Sebastião Marcos Martins, e consta que o denunciado teria ingerido bebida alcoólica e conduzia um veículo Mercedes Benz em alta velocidade, momento em que atropelou e matou a vítima. 

Antônio teria bebido em cinco estabelecimentos comerciais durante toda a tarde e noite anterior ao acidente. Enquanto voltava para casa, que fica em um condomínio fechado, ele bateu na motocicleta de Clenilton e o arrastou por quase 90 metros na rodovia.

Conforme a denúncia, a vítima e a moto teriam ficado presas ao carro, o que fez com que o condutor da Mercedes dirigisse em zingue-zague para desprendê-los. Tanto a moto quanto o homem foram arremessados a vários metros de distância. 

Segundo o laudo, ressaltado pelo promotor, não havia sinais que indicavam frenagem do carro. De acordo com as investigações, o motorista fugiu sem prestar socorro ao vigilante, que ainda estava vivo. 

O Serviço Móvel de Urgência (Samu), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) só foram chamados após um motorista de um outro veículo avistar Clenilton e acionar as autoridades. Mesmo com os esforços, ele não resistiu aos ferimentos. 

Devido o cenário, o MPGO alega que o crime foi cometido por meio cruel, uma vez que o vigilante foi arrastado pelo asfalto sem a chance de se defender, além da falta de socorro e alta velocidade do automóvel – ocasionando a morte da vítima. 

“Ele deixou o local a fim de fugir às suas responsabilidades penal e civil. Ele não se dignou sequer a frear – o que poderia, inclusive, ter evitado a morte da vítima”, diz o promotor. 

Além do pedido, também foi solicitado uma indenização reparatória mensal para descendentes e cônjuge nos valores que eram recebidos pela vítima em decorrência do trabalho. 

 

Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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