Ex-militar seria responsável por quase 1 tonelada de dinamites encontradas em transportadora de Goiânia
Delegado Eduardo Gomes, da Deic, apontou que cargas podem estar sendo usadas para garimpo ilegal e até atividades de "novo cangaço"
A Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) deflagrou uma operação na qual foram apreendidos quase 01 tonelada de explosivos de origem ilícita em Goiânia.
Em entrevista coletiva, concedida na tarde desta sexta-feira (16), o delegado Eduardo Gomes explicou que as dinamites estavam sendo enviadas por um ex-militar, de 44 anos.
O destino das cargas seriam Santarém, no Pará. No entanto, o investigador apontou que ainda não foi determinado o para que fim o material estava sendo transportado.
“Temos a hipótese de que poderia ser usado para garimpo, mineração, ou também para o que poderiam ser atividades de um ‘novo cangaço’ “, destacou.
A investigação da Polícia Civil (PC) teve início há cerca de seis meses e revelou também que o ex-militar possui um comparsa, no estado de Rondônia. O suspeito foi preso em flagrante.
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Prejuízo
Na operação, deflagrada nesta quinta-feira (15), foram encontrados 18 galões contendo mais de 900 kg de material explosivo na transportadora, localizada no Jardim Santa Cecília.
“Eles usam esse transporte particular de Minas [Gerais] para Goiás, e de Goiás contratam a transportadora para levar para o Norte”, explicou Eduardo Gomes.
Os explosivos eram tratados como se fossem produtos para lavar carro, sendo inclusive emitidas notas fiscais como se fossem tais químicos.
No total, foram encontradas mais de 2,5 mil unidades de dinamite, cada uma avaliada em cerca de R$ 300. Com isso, o prejuízo estimado é de cerca de R$ 750 mil.
Além disso, foram encontrados mais de 270 estopins e dois rolos de fio para fazer a explosão.
Após encontrados os explosivos, um grupo tático foi acionado para isolar a área, recolher os elementos e fazendo a destruição deles com segurança.
Por fim, o delegado destacou que a empresa de transporte não tem relação com a atividade ilícita, visto que não tem liberdade para investigar e abrir os pacotes que lhes são enviados.