Seis cachorros morrem após abrigo de Goiânia sofrer ataque de abelhas

Dois dos animais sobreviveram em um primeiro momento, mas não resistiram aos ferimentos e faleceram já no médico veterinário

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Corpo de bombeiros ajudou na retirada dos corpos. (Foto: Divulgação)
Corpo de bombeiros ajudou na retirada dos corpos. (Foto: Divulgação)

Na noite desta quarta-feira (16), o Abrigo dos Animais Refugados, localizado no Jardim Vitória, região Sul de Goiânia, sofreu uma fatalidade: um ataque de abelhas resultou na morte de seis cães.

Ao Portal 6, um voluntário do abrigo, que preferiu não se identificar, disse que a tragédia já era prevista, pois, duas semanas antes, no dia 25 de setembro, um ataque semelhante deixou alguns animais debilitados e assustados.

Após o primeiro incidente, os responsáveis pelo abrigo acionaram o Corpo de Bombeiros, que informou que a remoção da colmeia era de responsabilidade do Centro de Zoonoses de Goiânia. No entanto, o atendimento solicitado à Zoonoses não foi realizado a tempo. Diante da demora, o abrigo contratou um serviço particular para remover a colmeia, mas, infelizmente, o ataque aconteceu antes que o profissional pudesse realizar o serviço.

O abrigo, que acolhia 100 animais, teve a parte onde estavam 15 cães atingida. Quatro deles morreram no local e dois, que foram resgatados e levado a uma unidade veterinária, não resistiram e faleceram durante a noite. Um dos cães conseguiu fugir e está desaparecido desde então.

Com o auxílio do Corpo de Bombeiros, que prestou apoio durante a ocorrência, os cães sobreviventes foram transferidos para outro local, onde permanecerão até que o enxame seja definitivamente removido. Após o segundo ataque, o Zoonoses chegou a comparecer ao abrigo, mas já era tarde.

Buscas

Agora, a instituição solicita a ajuda da população para encontrar Radije, o cachorro que fugiu após o segundo ataque. Ele estava muito assustado e não usava bandana ou coleira.

O Abrigo dos Animais Refugados divulgou o perfil nas redes sociais (@abrigodosanimaisrefugados) para que qualquer informação sobre o paradeiro de Radije possa ser comunicada. Além disso, o abrigo está recebendo doações por meio do Pix ([email protected]) para cobrir os custos com o tratamento dos sobreviventes e a recuperação da estrutura do local.

O que diz a Prefeitura?

O Portal 6 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, responsável pelo Centro de Zoonoses, a qual esclareceu o ocorrido, relatando que, devido à grande quantidade de solicitações envolvendo retiradas de abelhas, alguns casos não recebem atendimentos com urgência.

No entanto, a pasta reiterou que capturou os insetos do local logo após o ocorrido, e os encaminharam até a Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Leia a nota na íntegra:

“A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que uma equipe do Centro de Zoonoses esteve no local e capturou as abelhas que foram levadas para a Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. A equipe foi para o local assim que tomou conhecimento do fato.

Diariamente, a Zoonoses recebe entre 35 e 40 solicitações para retirada de abelhas. Todos os casos são tratados como situação de urgência, os chamados são atendidos priorizando a saúde pública, principalmente nos casos em que há crianças, idosos e pessoas alérgicas.

A diretoria de Zoonoses orienta para que as pessoa sem conhecimento não realizem a retirada dos enxames, como ocorreu no canil no dia de hoje, onde a pessoa contratada não conseguiu realizar o serviços e provocou o comportamento agressivo e ataque das abelhas.

A secretaria esclarece ainda que o trabalho de remoção das abelhas é realizado a partir das 13h, seguindo a ecologia dos insetos. Durante o período da manhã, as abelhas operárias ficam fora da colmeia em atividades de trabalho, tornando ineficaz a remoção nesse horário, pois, ao retornarem e não encontrarem a colmeia, ficam estressadas, aumentando o risco de ataques. Por isso, a equipe atua no horário mais adequado para garantir a segurança de todos.”

 

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