Levantamento traça radiografia de golpes envolvendo Pix; veja características em Goiás

População goiana tende a perder mais dinheiro em fraudes do que a média nacional

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Entenda o golpe do Pix errado e saiba como não ser enganado Banco Central
(Foto: Marcello Casal JR /Agência Brasil)

Nos últimos 12 meses, os brasileiros perderam R$ 25,5 bilhões em golpes com Pix e boletos falsos, de acordo com informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em Goiás, a média de prejuízo por vítima é de R$ 2,5 mil, R$ 400 a mais que a média nacional, que atinge a marca de R$ 2,1 mil.

Com esse recorte, o estado figura entre os nove primeiros quando o quesito é valor perdido com estas fraudes, ficando à frente do Mato Grosso do Sul (Com R$ 2,4 mil), São Paulo (R$ 2,1 mil) e Ceará (R$ 2 mil).

A localidade mais afetada pelos golpes é o Rio Grande do Norte, com uma média de R$ 4,5 mil por golpe, seguido do Paraná, com R$ 3,3 mil e do Pará, cujas vítimas costumam perder R$ 3mil.

Confira a lista dos maiores valores por estados:

  1. Rio Grande do Norte: R$ 4.500
  2. Paraná: R$ 3.300
  3. Tocantins: R$ 3.100
  4. Pará: R$ 3.000
  5. Minas Gerais: R$ 2.900
  6. Distrito Federal: R$ 2.800
  7. Rondônia: R$ 2.700
  8. Bahia: R$ 2.600
  9. Goiás: R$ 2.500
  10. Mato Grosso do Sul: R$ 2.400
  11. São Paulo: R$ 2.100
  12. Ceará: R$ 2.000
  13. Santa Catarina: R$ 1.900
  14. Piauí: R$ 1.800
  15. Rio de Janeiro: R$ 1.700
  16. Espírito Santo: R$ 1.700
  17. Pernambuco: R$ 1.700
  18. Rio Grande do Sul: R$ 1.600
  19. Paraíba: R$ 1.600
  20. Alagoas: R$ 1.600
  21. Roraima: R$ 1.600
  22. Amazonas: R$ 1.500
  23. Mato Grosso: R$ 1.500
  24. Amapá: R$ 1.400
  25. Maranhão: R$ 1.200
  26. Sergipe: R$ 800
  27. Acre: R$ 300

Estatísticas fraudulentas

As fraudes, no entanto, tendem a variar de valores, a depender do grupo social a qual ela pretende atingir, sendo R$ 6,3 mil entre a classe AB; R$ 5 mil na classe C; e R$ 1,5 mil, na DE.

Segundo a plataforma antifraude Central SOS Golpe, comandada pela Silverguard com dados do Banco Central, somente entre janeiro a junho de 2024, mais de 5 mil denúncias de possíveis golpes foram analisadas.

O levantamento também indicou uma preferência de faixa etária para os golpistas, sendo vítimas de mais de 60 anos, quatro vezes mais incidentes do que as entre 18 e 24 anos.

Tipos de golpes

Muito por conta disso, os golpes tendem a variar de valores a depender do tipo de pessoa no qual ele é direcionado, sendo que 69% dos idosos foram enganados por golpes iniciados no WhatsApp.

Entre os menores de 18 anos, a maior taxa de fraudes é vista no Instagram, marcando 36% dos relatos. Entretanto, o TikTok vem crescendo neste ranking e já representa 9% das ocorrências nessa faixa etária.

O Facebook é o canal inicial de golpes que apresenta a maior variabilidade, sendo 21% na classe DE e 6% na classe A.

Golpistas tendem a conseguir ainda mais lucros ao se passar por um conhecido em ligações telefônicas, causando um prejuízo médio de R$ 5,1 mil por vítima.

Média de prejuízo por golpe;

  • Emprego falso: R$ 4.400
  • Multiplicar dinheiro/investimento: R$ 3.600
  • Pedido de cirurgia/tratamento para um conhecido: R$ 3.400
  • Impostor pedindo dinheiro/ajuda: R$ 3.100
  • Mensagem falsa da central de atendimento/gerente: R$ 000
  • Pagar para receber um saldo/dinheiro devido: R$ 2.100
  • Conta/multa/imposto falso: R$ 1.900
  • Compra de um produto de alguém que teve a rede social hackeada: R$ 1.600
  • Pedido de devolução de Pix/pagamento errado: R$ 1.330
  • Pedido de resgate de sequestro falso: R$ 1.150
  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso: R$ 1.050
  • Oportunidade de prêmio/sorteio falso: R$ 1.000
  • Pedido de devolução de cartão cancelado que era falso: R$ 600
  • Pedido de doação que era falso: R$ 150

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