Maternidade se pronuncia após confusão envolvendo assessor de vereador em Goiânia

Foram presos um maqueiro e outra servidora. Fundação que gere a instituição e sindicato repudiaram ação policial

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Maternidade se pronuncia após confusão envolvendo assessor de vereador em Goiânia
Situação ocorreu na Maternidade Célia Câmara (Foto: Captura)

Uma suposta tentativa de tráfico de influência envolvendo a participação de um assessor de vereador na Maternidade Célia Câmara, em Goiânia, na noite desta sexta-feira (06), resultou na prisão de servidores da unidade por desacato.

Foram presos um maqueiro e outra servidora. De acordo com o relato de funcionários, a confusão começou enquanto um homem, marido de uma mulher grávida, aguardava por atendimento na unidade.

A gestante teria sido classificada com ficha verde, condição de menor gravidade e sem risco à vida, o que fez com que o esposo se revoltasse com o atendimento. Inconformado, ele teria telefonado para o assessor, que compareceu no local e acionou a Polícia Militar (PM).

Imagens nas redes sociais exibiram a situação. Em nota, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que gere a maternidade,  lamentou a conduta ofensiva dos militares.

“Os profissionais seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura”, disseram, informando que será acionado a defesa e que foi acionado uma advogada criminalista para conduzir a situação.

Também em repúdio, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindisaúde) disse que fará representação na Secretaria de Segurança Pública do Estado e no Ministério Público.

“Repudiamos veementemente a ação truculenta e o despreparo da polícia, que deveria agir para proteger a integridade física e emocional dos cidadãos, e não para intimidar e violentar os profissionais de saúde que dedicam suas vidas à assistência da população”, citaram.

Já a Polícia Militar, confirmou as prisões, mas não respondeu ao questionamento do Portal 6 quanto à suspeita de tentativa de tráfico de influência.

“Foram detidos por desobediência e resistência, sendo conduzidos à Central Geral de Flagrantes, onde a autoridade competente, diante de todo bojo probatório apresentado, lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e uma prisão em flagrante”, informaram.

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