Após manifestação sobre falta de energia, Equatorial descobre mais de 40 gatos em Pirenópolis

Inicialmente, a empresa foi acionada para ouvir reclamações, que apontavam a interrupção no fornecimento de energia na cidade

Samuel Leão Samuel Leão -
Após manifestação sobre falta de energia, Equatorial descobre mais de 40 gatos em Pirenópolis
Equatorial realizou fiscalizações em Pirenópolis. (Foto: Divulgação)

Horas após a manifestação de comerciantes e produtores locais, realizada em Pirenópolis, a Equatorial descobriu diversas irregularidades que impactavam nas quedas de energia. Pelo menos 40 residências, que recebiam energia de forma ilegal, foram descobertas.

Inicialmente, a empresa foi acionada para ouvir reclamações, que apontavam a interrupção no fornecimento de energia na cidade, algumas que inclusive teriam durado de 24h até 3 dias. Entretanto, ao verificar as instalações no município, várias surpresas se revelaram.

Em uma determinada localidade, havia uma residência fornecendo energia para outras 14, com os chamados “gatos”. A empresa reforçou que esse tipo de atitude gera um sério risco aos moradores, além de sobrecarregar toda a rede de energia.

No loteamento Mata Velha, outra situação chamou a atenção da fiscalização, que foi realizada com a companhia da Polícia Civil (PC) e da Polícia Militar (PM). No bairro, havia um total de 3 unidades consumidoras abastecendo 40 residências.

Portanto, mais de 10 unidades se acumulavam em cada um dos pontos devidamente registrados. Segundo o Art. 351 da Resolução 1.000 da Aneel, fica determinado que: ‘A distribuidora deve interromper imediatamente o fornecimento de energia elétrica a terceiros caso constate que quem a distribui não possua outorga federal para tal atividade.’

A ação, de modificar o medidor de energia para pagar menos ou de realizar um gato, constitui o crime de fraude, também chamado de estelionato. As penas para tal ato vão de 1 até 5 anos de reclusão, além também de multa, listadas no artigo 171 do Código Penal.

Apenas em 2024, a Equatorial Goiás realizou 260 operações, que resultaram na prisão de 140 pessoas. Em todo ano passado foram 106 prisões, e as fiscalizações realizadas chegaram ao percentual de 35% de gatos em todas as unidades pesquisadas, chegando a 70 mil casos dentre os 200 mil domicílios totais.

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