Supersalários e gratificações indevidas de servidores da Comurg são alvo de investigação do MPGO
Apuração acontece após declaração de Sandro Mabel de que uma auxiliar de limpeza recebe, mensalmente, um salário de R$ 44 mil no órgão
A declaração feita pelo prefeito da capital, Sandro Mabel (UB), ainda nos primeiros dias de gestão, de que uma auxiliar de limpeza da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) recebe um salário mensal de R$ 44 mil, culminou em uma investigação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) sobre o pagamento de supersalários e gratificações indevidas no órgão.
O alto valor apontado, que, inclusive, excede a quantia recebida pelo próprio prefeito, trouxe à tona um processo de junho de 2023, que já apurava irregularidades na folha de pagamento e em contratações feitas pela companhia.
Segundo compartilhado pelo G1, o MPGO emitiu uma portaria apontando que o inquérito foi aberto após o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM) perceber irregularidades quanto a servidores comissionados na Comurg.
O TCM também teria informado não receber dados sobre a folha de pagamento do órgão desde 2019, nem receber editais de seleção pública para análise desde 2008.
Portanto, além de apurar essa ausência de controle, a investigação também analisa se a contratação de comissionados está sendo priorizada em detrimento da realização de concurso público.
Outros aspectos investigados são se houve desvio de função pelos comissionados da companhia, e se existe um ato oficial para criação de cargos comissionados.
Além de culminar em uma investigação, a declaração do prefeito de Goiânia sobre os supersalários na Comurg também ressalta as tentativas de reduzir o déficit da Administração Municipal, uma vez que a companhia é responsável por R$ 2,3 bilhões dos R$ 3,4 bilhões da dívida da Prefeitura.