Muito além da leptospirose: veja cuidados para evitar doenças comuns em época de chuvas intensas

Alerta vem em período que tem se registrado várias ocorrências de alagamentos, em vários municípios goianos

Janeiro tem sido um mês bastante chuvoso e os alagamentos pontuais e recorrentes estão ocorrendo em várias cidades goianas. Neste sentido, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) fez um alerta para as situações que podem ocorrer com os eventos, que vão além da leptospirose.

Segundo a pasta, entram na lista a possibilidade de contaminação de alimentos e água para consumo humano, incluindo males como tétano, hepatite A, Doença Diarreica Aguda, dengue, além do surgimento de animais peçonhentos em função do acúmulo de lixo e entulhos.

Cuidados

No caso das contaminações, elas podem ocorrer por conta das águas sujas que podem invadir sistemas de abastecimento tradicionais e alternativos, como cisternas e poços artesianos. Assim, a SES orienta as prefeituras para que redobrem o monitoramento da água, assim como já é feito pela pasta.

Já em relação à exposição às enfermidades, isso ocorre quando há o contato com água potencialmente contaminada, sendo um precedente que facilita a transmissão das doenças citadas.

Em relação à leptospirose, que não possui vacina e é causada por uma bactéria presente na urina de roedores e de outros animais contaminados, Goiás registrou, em 2024, 28 casos da infecção, com duas mortes.

Ao surgirem sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, é preciso procurar uma unidade de saúde imediatamente e informar que teve contato com água de enchente.

Outro cenário perigoso é quando se atravessa uma área alagada, sem botas impermeáveis. Há risco de contrair tétano, outra situação grave causada por uma bactéria que pode estar presente em objetos dos mais diferentes tipos.

A prevenção é por meio vacina, aplicada em três doses. O reforço deve ser feito a cada 10 anos ou, no caso de ferimentos, se a última dose foi há menos de dez anos.

Além disso, a água e alimentos contaminados podem causar Doença Diarreica Aguda e Hepatite A. Sendo assim, é importante filtrar, desinfetar e separar um recipiente higienizado com tampa para guardar a água tratada para beber.

A SES orienta que a filtragem pode ser feita com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo, depois adicionar 2 gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada 1 litro de água e misturar bem. Após isso, esperar 30 minutos antes de consumir a água. Itens de cozinha também devem ser higienizados com hipoclorito de sódio.

Já para alimentos que tiveram contato com a água de enchentes, inundações, alagamentos e lama devem ser descartados.

Em caso de sintomas como diarreia, vômitos, febre e dor abdominal é preciso buscar atendimento médico.

Peçonhentos

Sobre os temidos animais peçonhentos, tais como cobras, aranhas e escorpiões, estes surgem nos locais úmidos, com lixos e entulhos. Por isso, após uma enchente é necessário inspecionar todos os objetos pessoais e lugares da casa.

Caso encontre algum desses animais, a recomendação é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental ou Unidade de Vigilância de Zoonoses do seu município.