Radialista goiano acusado de ofender colega é preso após descumprir medidas cautelares: ‘rabo gordo, cheio de estria’

Autoridades apontaram que racismo, difamação e stalking foram alguns dos crimes cometidos pelo homem

Davi Galvão Davi Galvão -
babuína
Breno foi preso após descumprir medidas cautelares impostas. (Foto: Reprodução)

O radialista Breno Marcelino Ferreira, conhecido em Formosa como Breno Berlutinny, foi preso pela Polícia Civil (PC) nesta terça-feira (11) após descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça. Ele já era investigado pelos crimes de perseguição, difamação e racismo.

O inquérito foi finalizado ainda em dezembro de 2024. Dentre as ofensas, Breno teria chamado a colega de profissão, Clicia Balbino de Sousa, por apelidos pejorativos, como “Fiona do Rádio” e “rabo gordo”, além de comentários apontados como de teor racista, referindo-se a ela como “babuína”. À época, ele defendeu que havia utilizado a palavra “Balduína”.

 

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Em entrevista ao Portal 6, o delegado da 11ª Delegacia Regional de Polícia, José Antônio Sena, afirmou que a PC já havia solicitado a prisão preventiva do repórter anteriormente, mas a Justiça negou o requerimento, impondo medidas cautelares.

“Até agora já identificamos oito vítimas de ofensas, que eram praticadas tanto pessoalmente quanto através do rádio e das redes sociais. A Clícia foi sem dúvidas o principal alvo, algumas até com teor racista. Nas medidas cautelares, estava determinado que o investigado não ofendesse mais [as vítimas] em redes sociais nem em ambientes públicos”, comentou.

clicia

Mensagens enviadas por Breno que fazem referência à vítima. (Foto: Acervo Pessoal)

Porém, o delegado pontuou que, ao longo das últimas semanas, o investigado seguiu com o discurso de ódio, embora de forma velada, principalmente com relação a Clícia.

“Ele falava ‘daquela jornalista’ ou mandava em grupos figurinhas de macaco, sabendo que estava sendo investigado por racismo. Mas aí, recentemente, ele passou a usar o nome dela, de forma direta, o que deu margem para a prisão”, esclareceu.

Ao Portal 6, Clícia Balbino disse estar aliviada com a notícia da prisão do radialista e que espera que ele pague pelos crimes que cometeu.

“Ele vivia passando na porta da minha casa, na porta do meu trabalho vivia me coagindo nas redes sociais chegou até por fotos minhas em grupos de WhatsApp”, disse

Além deste caso, o delegado revelou que uma outra vítima, também jornalista, havia sido ofendida de forma racista por conta do corte de cabelo que utilizava.

“Fala para essa moça aí que, lá no um e vinte e cinco ou na loja do turco, chegaram umas perucas mais bonitas, uns ‘mega hair’, uns ‘trem’ mais bonito lá, porque essa ‘tarrafa’ aí no cabelo está muito feio”, disse o radialista, em mensagens enviadas em um grupo no WhatsApp.

Breno teve o pedido de Habeas Corpus negado durante a audiência de custódia e segue à disposição do Judiciário.

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