Preso em Anápolis lutador de judô que utilizava técnicas marciais para praticar estupros em série
Suspeito já havia sido preso outras duas vezes pelo mesmo crime, sendo que chegou a cumprir uma pena de 17 anos na Espanha


A Polícia Civil (PC) prendeu no início da manhã desta segunda-feira (14), um lutador suspeito de cometer ao menos três estupros em série, somente em 2025, na cidade de Anápolis.
Pedro Paulo de Jesus Costa, de 38 anos, praticava judô e utilizava técnicas da arte marcial para abordar e imobilizar as vítimas, as surpreendendo enquanto iam ou voltavam do trabalho.
As investigações da PC, indicaram que ele sempre utilizava o mesmo modus operandi e atuando na mesma localidade: próximo ao matagal da BR-153, o que facilitou na identificação.
Para realizar os ataques, o lutador, que chegava por trás das vítimas, utilizava um canivete como forma de ameaça, até, de fato, conseguir praticar o ato.
No entanto, a tática do suspeito não foi bem sucedida quando, no último relato, registrado no dia 06 de abril, ele foi surpreendido por uma jovem, de 21 anos, que conseguiu se desenvencilhar e morder o dedo dele.

Policia localizou roupas utilizadas por Pedro Paulo para cometer os crimes, além do kimono de judô. (Foto: Divulgação/PC)
Diante disso, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) tomou conta do inquérito, uma vez que Pedro Paulo também teria estuprado uma menor de idade, de 17 anos.
Durante as diligências, foi descoberto que ele chegou a ser preso por 17 anos em uma cadeia na Espanha pelo crime estupro, além de também ter sido detido em flagrante em 2023, pelo mesmo delito.
Com base nas provas e nos relatos das vítimas, a DPCA solicitou um mandado de prisão preventiva ao Poder Judiciário, cumprindo a medida nesta segunda-feira (14), em conjunto com a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Durante a operação, os policias precisaram invadir a casa do suspeito, onde o encontrando ainda com o dedo – que teria sido mordido pela última vítima – enfaixado.

Suspeito foi encontrado com o dedo enfaixado. (Foto: Divulgação/PC)
Agora, o lutador deve ser encaminhado para uma unidade prisional, onde deve permanecer detido, em paralelo à continuidade das investigações, as quais devem identificar novas vítimas.
A identidade do indivíduo foi divulgada, após despacho fundamentado da autoridade policial, a fim de permitir que outras vítimas possam reconhecê-lo.